A Ryanair vai reduzir em 18% o seu tráfego aéreo em Espanha até ao verão de 2025, devido a “taxas excessivas” e “esquemas de incentivo” ineficazes por parte do operador aeroportuário AENA, correspondendo a uma perda de 800 mil lugares e 12 rotas.
Em comunicado de imprensa, a Ryanair explica que, apesar da decisão do Governo espanhol, em 2021, de congelar as taxas aeroportuárias até 2026, a AENA “tem tentado aumentar as taxas todos os anos e de forma mais acentuada” nos aeroportos regionais de Espanha, onde o tráfego continua abaixo dos níveis anteriores à pandemia.
Desta forma, a companhia aérea vai cessar operações em Jerez e Valladolid, retirar um avião baseado em Santiago e reduzir o tráfego até ao verão de 2025 em cinco aeroportos regionais: Vigo (-61%), Santiago (-28%), Saragoça (-20%), Astúrias (-11%) e Santander (-5%).
A Ryanair comentou que se os aeroportos regionais da AENA não conseguirem ser competitivos em relação aos seus equivalentes europeus, o tráfego aéreo tenderá a afastar-se das regiões espanholas.
“As taxas aeroportuárias excessivas da AENA e a falta de incentivos viáveis para o crescimento continuam a prejudicar os aeroportos regionais de Espanha, limitando o seu crescimento e deixando enormes áreas de capacidade aeroportuária por explorar”, disse Eddie Wilson, diretor executivo da Ryanair.
“No seguimento do compromisso do governo espanhol de impulsionar a recuperação de Espanha após a pandemia, a Ryanair respondeu aumentando a capacidade para impulsionar a conetividade, o turismo e o emprego. No entanto, a AENA persiste com aumentos de taxas injustificadas e recusa-se a implementar esquemas de incentivos eficazes para apoiar o crescimento regional de Espanha, dando prioridade ao investimento estrangeiro em aeroportos nas Caraíbas, Reino Unido e América”, acrescentou.