Sexta-feira, Abril 18, 2025
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Adeus banhos de sol? Saiba quais as experiências que estão a substituir as motivações tradicionais para viajar

As atividades experenciais, englobando bem-estar, estilo de vida ativo, natureza e exploração gastronómica, estão a ganhar terreno sobre as motivações de viagem convencionais, revela um estudo recente conduzido pela Mabrian Technologies. A pesquisa, baseada numa análise abrangente de interações em redes sociais relacionadas com turismo entre o primeiro semestre de 2019 e o primeiro semestre de 2023, destaca uma transformação nas preferências de viagem dos turistas ao longo deste período.

Apresentados no seminário online “Mudança de Comportamento e Tendências dos Viajantes”, organizado pela AVIAREPS, os resultados demonstram o crescente interesse dos viajantes em atividades que proporcionem experiências enriquecedoras, em contraste com atividades convencionais de viagem, como atividades artísticas e culturais, banhos de sol, momentos em família, compras e vida noturna.

Numa análise mais detalhada, o estudo demonstra que as atividades experenciais aumentaram a sua presença em 10 pontos percentuais nos últimos quatro anos, ultrapassando as atividades convencionais. Até junho de 2023, a proporção de motivações experenciais quase atinge um equilíbrio de 50/50, um dado de grande relevância, tendo em conta que, em junho de 2019, apenas as atividades artísticas e culturais e os banhos de sol representavam 41% das motivações de viagem.

As atividades que mais se destacaram entre 2019 e 2023, atingindo “níveis de interesse sem precedentes”, de acordo com a Mabrian, são o Active & Lifestyle, a Natureza e o Wellness. Relativamente às duas primeiras, os dados mostram um claro ponto de inflexão a partir de 2021, corroborando os efeitos da pandemia neste tipo de motivações para viajar. O bem-estar também registou um crescimento estável desde 2019.

Por outro lado, as atividades convencionais que perderam mais importância são as Artes e Cultura e os Banhos de Sol, que representam agora apenas 34% das motivações de viagem, perdendo 7 pontos percentuais desde 2019.

“A forma como viajamos está a mudar constantemente. Desde as férias tradicionais de banhos de sol em destinos costeiros e cultura e compras nas cidades, até à desconexão e descoberta de experiências em que a ligação com o ambiente e connosco próprios é fundamental. Há um impacto óbvio da pandemia e do efeito do confinamento que nos fez perceber a importância de desfrutar do ar livre e de nos sentirmos bem e saudáveis durante o nosso tempo livre, o que se manteve nas motivações dos viajantes”, afirma Carlos Cendra, diretor de Marketing e Comunicação da Mabrian.

O estudo ressalta a importância de os destinos turísticos e empresas do setor se adaptarem a estas tendências emergentes para garantir a sustentabilidade a longo prazo. “Com a dependência excessiva de produtos turísticos específicos a levar a ineficiências e sazonalidade acentuada, a diversificação das ofertas turísticas e a atenção às mudanças nas preferências dos viajantes tornam-se cruciais para a evolução do setor”, defende a Mabrian.

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