Até à data, as projeções de vendas da Solférias para o ano de 2023 apontam para um crescimento de 33% comparativamente a 2019, período antes da pandemia.
“O volume de vendas tem sido de tal ordem, que estamos com uma projeção que é arrepiante e está tudo a vender muito bem”, afirmou Sónia Regateiro, Chief Operating Officer (COO) da Solférias, à margem do evento de apresentação da programação de verão do operador, em Lisboa.
Se tivesse de eleger um destino que está a correr menos bem, Sónia Regateiro apontaria Saïdia e explica porquê: “Talvez por ser um destino em que o tema é preço, e talvez a classe média e média baixa seja a mais afetada com o que se está a passar com a economia em geral. É o destino que está a demorar um pouco mais a arrancar”. Apesar das “várias promoções que estão a ser feitas [para Saïdia], ainda não entrámos nesse ritmo, porque achamos que ainda é cedo para baixar demasiado os preços”, explica. Também Porto Santo “está a demorar um bocadinho a arrancar”, mas a responsável lembra que “no ano passado foi um sucesso” e, “como é um destino próximo, pode ser que as pessoas reservem mais perto do início de época, estamos num período que ainda há muitas pessoas sem férias aprovadas”. Já quanto a Cabo Verde, o destino estrela da Solférias, “está a vender extraordinariamente”, assim como a Tunísia, o Senegal e Hurghada, que “está muito melhor este ano do que no ano passado”.
A oferta do operador para este ano também é maior, a começar pela introdução de um novo destino, Zanzibar, que acarreta um risco grande “É um charter em que o risco financeiro é muito elevado, são 9 horas de voo, logo aí é muito caro”. A operação para Tunísia também cresceu, com mais três voos do que no ano passado: “Assumimos Lisboa-Monastir e dois voos Porto-Monastir e temos o voo Porto-Boavista”.
Sónia Regateiro garante que não são esperadas mais novidades na programação da Solférias em termos de destinos, a não ser que apareça uma oportunidade. “As oportunidades surgem e a Solférias analisa, mas depende se for uma oportunidade externa, não uma iniciativa interna”.
Para a Bolsa de Turismo de Lisboa, que tem início esta quarta-feira, dia 1 de março, as perspectivas do operador “são muito boas”, a avaliar pelo ritmo de vendas atual. “Sabemos que vai haver, mais uma vez, um forte investimento por parte das redes na BTL, porque cada vez mais a BTL é uma feira de viagens”.
Por sua vez, o operador tem várias campanhas, incluindo a que lançou para o mercado esta segunda-feira, 28 de fevereiro. “Temos uma fam trip já confirmada com saída a 26 de setembro em colaboração com a Emirates, o Turismo Ras al-Khaimah e os Hotéis SunLife nas Maurícias. Um dos oito melhores vendedores dos destinos Maurícias ou Ras al-Khaimah, para vendas efetuadas até 31 de agosto, garante o seu lugar nesta fam trip”, avança. Outro desafio será lançado esta terça, dia 28, para o período da BTL: “O melhor vendedor do destino Zanzibar no período de 1 de 20 de março vai garantir as suas férias em Zanzibar com mais um acompanhante”.
A Solférias terminou a apresentação da sua programação de verão num evento em Lisboa, esta segunda-feira, depois de ter estado no Porto e em Coimbra. Desta vez, o evento, que reuniu cerca de 900 agentes no total dos três dias, contou um formato diferente do habitual. “Creio que foi a primeira vez, em Portugal, que algum operador fez um roadshow tematizado com parceiros. Queríamos fazer um roadshow que não fosse só mais um. Tematizámos as salas, o investimento é grande, mas partilhado com os parceiros que nos acompanham. Foi um recorde de participação de todos os tempos e muito elogiado pela diferença”, conclui Sónia Regateiro.
