A Swiss International Air Lines (SWISS), já tinha anunciado o cancelamento de 676 dos 31 mil voos programados entre agosto e outubro. Contudo, a companhia aérea do grupo Lufthansa, anunciou na segunda-feira, dia 4 de julho, mais oito voos para o Porto. A SkyExpert, empresa de consultoria especializada em transporte aéreo, aeroportos e turismo, analisou o contexto, a importância e o significado do anúncio da SWISS sobre o aumento das suas operações para o aeroporto do Porto este verão.
A SWISS, tal como outras empresas aéreas detidas pelo Grupo Lufthansa, viram-se forçadas a cancelar uma parte importante das suas operações de verão por falta de pessoal, problemas relacionados com as infraestruturas aeroportuárias e com o controlo aéreo. A comunicação destes cancelamentos vem sendo feita desde abril, e já levou a reduções de voos para Los Angeles, São Francisco, Nova Iorque, Chicago, Joanesburgo e Dubai.
Pedro Castro, diretor da SkyExpert, notou que estas reduções no longo curso denotam bem a situação vivida pela SWISS, uma vez que a sua rede para Ásia (nomeadamente para Hong Kong, Shanghai, Tóquio e Bangkok) ainda não está aos níveis pré-pandémicos. “Mesmo com essa parte da frota e do pessoal libertos dos voos para a Ásia, a SWISS teve de reduzir algumas frequências de longo curso”. No caso dos voos europeus, a SWISS tem feito várias alterações aos seus voos de Zurique e de Genebra, deixando de voar este verão para Frankfurt, Munique, Nuremberga, Viena, Luxemburgo, Gdansk, Birmingham e reduzindo os seus voos para Londres, Bruxelas, Varsóvia, Estugarda, Dresden, Amesterdão e Berlim, entre outros.
Nestas circunstâncias aparentemente tão adversas, aumentar os voos para o Porto “denota a importância e a rentabilidade destas rotas para a SWISS, independentemente da feroz concorrência low-cost para os mesmos destinos ou para destinos alternativos”, referiu Pedro Castro. São mais oito frequências adicionais, quatro para Genebra e quatro para Zurique.
“Muitas companhias aéreas estão a ser obrigadas a cancelar ou reduzir algumas rotas por diversos motivos. Ao fazê-lo, começam sempre por aquelas que são obrigatórias e, seguidamente, vão àquelas que são menos rentáveis” afirmou Pedro Castro. “Neste momento, têm também de considerar os limites operacionais dos aeroportos nesses cálculos. A rota até pode ser rentável em si, mas a probabilidade de disrupções frequentes pode trazer rapidamente prejuízos avultados”, sublinhou.
“Premiar o Porto com mais frequências significa reconhecer que o Porto é um destino altamente rentável e que o aeroporto inspira uma alta confiança operacional para este verão”, concluiu.