Sexta-feira, Janeiro 24, 2025
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TAP quer quadruplicar negócio da manutenção

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O CEO da TAP, Luís Rodrigues, destacou os desafios significativos enfrentados pela companhia aérea e pelo setor da aviação em geral, mas também as oportunidades de negócio.

Num almoço de Natal com a imprensa, que decorreu esta quinta-feira, dia 5, Luís Rodrigues destacou áreas estratégicas para o crescimento e fortalecimento da empresa. Uma dessas áreas é a manutenção, onde a TAP já possui uma base técnica sólida e grande conhecimento interno. “A manutenção hoje da TAP vale cerca de 250 milhões de euros por ano, e discutimos recentemente um plano para quadruplicar esse valor. A meta é alcançar 1 bilhão de euros, criando em Portugal um polo de aviação de referência”, afirmou.

O plano de desenvolvimento do negócio de manutenção, que agora está a começar a ser discutido internamente, prevê a exploração de novas localizações, considerando o futuro da TAP e a construção do novo aeroporto de Lisboa, cuja inauguração está prevista para 2034. “Não nos esqueçamos que o Governo já declarou que escolheu uma nova localização para o novo aeroporto de Lisboa, mas as atividades de manutenção não precisam necessariamente estar localizadas junto ao aeroporto, pois normalmente nem sequer estão. Motores, por exemplo, são facilmente descentralizáveis e representam a maior área de crescimento potencial no futuro”, explicou o CEO.
Luís Rodrigues também mencionou que qualquer decisão sobre a expansão da manutenção será alinhada com a privatização da TAP, prevista para 2025: “Esse conjunto de decisões só será razoável fazê-lo em conjunto com quem vier. É um projeto que queremos deixar para os potenciais compradores como uma grande oportunidade que será valorizada pela companhia e pelo seu acionista, refletindo as condições nas quais a privatização poderá ocorrer.”

A TAP também está a investir em eficiência operacional e na formação de um quadro de colaboradores que, segundo Rodrigues, já é dos mais eficazes na Europa. “Temos oportunidades em todas as áreas, incluindo a de pessoal nos escritórios, onde somos provavelmente os que utilizam menos recursos para fazer o mesmo trabalho.”

Luís Rodrigues enfatizou que, embora as circunstâncias nos últimos anos tenham sido difíceis, a TAP está determinada a ser uma companhia “sustentadamente rentável e um orgulho para os portugueses”.

Privatização e final de mandato

Questionado se a TAP está preparada para a privatização, Luís Rodrigues afirmou que a “companhia está sempre preparada para aquilo que o acionista decidir.” “A TAP teve resultados positivos em 2022, em 2023 e, de acordo com os resultados divulgados dos primeiros 9 meses de 2024, tudo indica que vamos publicar resultados positivos este ano. Esta continuidade de resultados positivos é a maior garantia que podemos dar”, explicou.

O CEO destacou também o empenho da equipa TAP como uma garantia adicional de que a empresa continuará a crescer e a manter a sua estabilidade. “A segunda maior garantia que podemos dar é o empenho e o trabalho de todos que cá estão para assegurar que isso continue a acontecer”, afirmou.

Já sobre o final de mandato em 2024, Luís Rodrigues comentou que a relação da companhia com o governo é ótima e que continua a ser assim. “Estamos tranquilamente a fazer o nosso trabalho e acreditamos que esse tema será resolvido quando os senhores entenderem. Não é um tema que nos preocupe”, afirmou.

Quanto à sua recondução no cargo, o CEO foi claro: “Não há garantias de nada. A garantia é que amanhã estamos cá para trabalhar.” Questionado se gostaria de ser reconduzido, Rodrigues não quis comentar. “Não me prenuncio sobre isso”, respondeu.

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