O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) apresentou um pré-aviso de greve de tripulantes de cabine na easyJet para os próximos dias 15, 16 e 17 de agosto.
A paralisação vem na sequência de “inúmeras tentativas” para resolver “as questões laborais e pecuniárias” terem sido “ignoradas pela empresa”, com uma aprovação em assembleia-geral com 99% de votos a favor.
A greve terá início às 00:01 do dia 15 de agosto e fim às 24:00 de dia 17 para “todos os voos realizados pela easyJet, bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos”, em território nacional, de acordo com o pré-aviso de greve enviado pelo sindicato ao Ministério do Trabalho e à companhia aérea, informa a Lusa.
O SNPVAC indica como motivação, no documento, a “insatisfação sentida pelos tripulantes pelo contínuo e cada vez mais acentuado desrespeito pela sua dignidade profissional” e as “inúmeras tentativas feitas pelos Tripulantes de Cabine da easyJet para resolver as questões laborais e pecuniárias”, que dizem ter sido “ignoradas pela empresa”.
Além disto, o sindicato escreve, no documento, que as últimas reuniões com a empresa foram “inócuas em soluções” para os problemas de falta de estabilidade de escalas, de tratamento discriminatório relativamente aos pilotos nas compensações dadas no âmbito da disrupção de verão, de insuficiência de pessoal em todos os departamentos relevantes, ou de pressão para realização de horas extraordinárias para fins comerciais, reporta a Lusa.
São denunciados ainda pelo SNPVAC o “contínuo e penalizante aumento do número de horas de trabalho”, o recurso a instrumentos excecionais/de emergência de extensão de horário de trabalho como regra, para colmatar a falta de pessoal e também o “cálculo ilegal do subsídio de Natal nos contratos de trabalho intermitente”.
Como resposta, a easyJet enviou uma declaração oficial à Lusa, onde apela ao diálogo e afirma que irá fazer de tudo para minimizar o impacto.
“Estamos extremamente desapontados com esta ação de greve desnecessária, especialmente nesta altura importante do ano, uma vez que já apresentámos soluções para abordar todas as preocupações levantadas pelo sindicato”, escreve a companhia aérea na nota.
A easyJet diz ter instado o sindicato ao cancelamento da greve e ao regresso ao “diálogo positivo”, sublinhando que todas as companhias aéreas na Europa foram afetadas pelo “ambiente desafiante do controlo de tráfego aéreo”, nomeadamente devido às restrições de pessoal, às limitações de capacidade e às condições meteorológicas.





