Em 2023 a hotelaria fez novos inimigos para juntar a uma já extensa lista que tinha acumulado ao
longo dos anos. Estamos a falar da inflação, da concorrência, da sazonalidade, da política fiscal,
acompanhamento tecnológico, falta de mão-de-obra, e podíamos continuar por aqui fora. Aliado a
estas inimizades, muitas vezes está a falta de capacidade do gestor de ter uma literacia financeira
que o ajude a traduzir os números em resultados, recursos em vendas, e de uma situação de passivo
para uma solida situação financeira.
Muitos dos nossos clientes são alojamentos locais que tiveram a consciência que têm um diamante
em bruto e precisam de ajuda.
Na maioria das vezes a primeira questão que nos colocam é “como posso aumentar as minhas
vendas?” Ao que nós respondemos, “e que tal analisar se as vendas atuais são rentáveis?” Em
grande parte das situações os gestores não conseguem responder a simples perguntas de carater
financeiro como, “Sabe o valor do breakeven do seu negócio?”, “Quanto custa uma dormida?”,
“quais são os seus custos fixos e variáveis?”, “Porque é que uma noite no seu alojamento custa x?” É
a estas perguntas que nós, e consultoras como nós, estamos habilitados a responder e a apoiar
estes, por vezes, pequenos negócios, familiares até, que se esforçam para sobreviver num mercado
com grandes “tubarões” com departamentos montados como se de uma grande instituição
financeira se tratasse, e com um poder de negociação sobre os fornecedores como os maiores
players no mercado do retalho.
Agora, do nosso lado, o desafio é o seguinte: fazer cada Euro render.
A palavra do dia é eficiência, e é neste carril que os gestores de pequenos alojamentos turísticos se
têm de guiar para atingir o caminho do sucesso.
Por Beatriz Almeida
É licenciada na Universidade Católica de Lisboa em Psicologia. Desempenha um papel vital na consultora Alpha 3 como gestora comercial, responsável por toda a equipa de vendas e gestão dos recursos humanos.