Sexta-feira, Janeiro 24, 2025
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Turismo do Centro anuncia novo produto turístico focado nas estradas mais cénicas e históricas da região

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Raul Almeida, presidente da Turismo do Centro de Portugal, anunciou a criação de um novo produto turístico focado nas estradas mais cénicas e históricas da região. O responsável falava na V Convenção Nacional da ARAC, que decorreu, na passada sexta-feira, dia 18, no Hotel Marriott Praia D’el Rey, em Óbidos.

“A ARAC tem um sido um parceiro privilegiado do Turismo Centro e faz todo o sentido que assim seja. Viajar pelo Centro de Portugal ao volante é uma experiência invulgar. A diversidade das nossas paisagens e a riqueza do nosso património transforma qualquer percurso numa nova experiência”, começou por dizer Raul Almeida, referindo, de seguida, que a região está a trabalhar ainda mais para potenciar essa experiência.

“Posso adiantar que no próximo mês iremos apresentar um novo produto turístico, focado nas estradas mais cénicas e históricas da região.”

Numa altura em que o Turismo do Centro regista os “melhores resultados de sempre”, o presidente do Centro de Portugal considera que esta é “uma oportunidade perfeita para enriquecer a oferta e criar novas rotas atrativas para quem visita a região de carro ou mota”.

Além deste crescimento expressivo, Raul Almeida reconhece os vários desafios que a região enfrenta, sublinhando que “os números são muito bons, mas podiam ser melhores”. Para o responsável, a falta de uma estrutura aeroportuária na região limita este crescimento. “Não vamos ter um aeroporto na nossa região e todos sabemos o impacto positivo que uma estrutura aeroportuária provoca no território onde está implementado. A falta dessa estrutura limita a nossa capacidade de captar fluxos internacionais, sem uma porta de entrada direta para os visitantes que vêm de outros mercados, a não ser o espanhol, resta-nos concentrar esforços para que uma parte dos fluxos turísticos que chegam a Lisboa e ao Porto sejam canalizados para a região Centro.”

Raul Almeida concluiu que motivos de interesse não faltam na região, e que a riqueza e diversidade do Centro de Portugal são inquestionáveis, “falta talvez consciencializar os visitantes para as vantagens que têm em conhecer este território”.

Óbidos com números “impressionantes”

Presente na convenção, Filipe Daniel, presidente da Câmara Municipal de Óbidos, sublinhou os números “impressionantes” que o município tem registado. “Relativamente a Óbidos, os números são impressionantes, e a região tem sido uma referência de desenvolvimento desportivo, cultural e sustentável, com eventos de destaque internacional.”

Segundo Filipe Daniel, o território, com 142 quilómetros quadrados e com uma capacidade de 2.116 camas, representa anualmente 300 mil dormidas, gerando um impacto financeiro superior a 25 milhões de euros. Este valor representa cerca de 27,7% das dormidas dos 12 municípios que compõem a zona Oeste.

“Óbidos é um exemplo de como pequenas localidades podem ser motores económicos e culturais dentro da estratégia turística nacional e regional. Este afluxo é potenciado pela vasta oferta turística, que inclui desde praias magníficas à cultura vibrante, património histórico e desporto.” Dentro do desporto, o golfe tem-se destacado como “excelente motor” no território, atraindo entusiastas e contribuindo para a visibilidade internacional da região.

Filipe Daniel terminou a sua intervenção lembrando que o setor da locação desempenha um papel fundamental no turismo, facilitando o acesso e a mobilidade dentro e fora das grandes cidades.

Pedro Machado aponta desafios e defende que turismo não deve ser visto como uma “ameaça”

Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo

Ainda na ocasião, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, delineou alguns desafios para o setor, tais como, o da Inteligência Artificial, o do envelhecimento da população e o da qualificação da experiência. “As regiões têm como missão estruturar produto, qualificar a oferta e colocar na operação, porque quem faz a operação são os empresários, não são as regiões, nem as câmaras municipais e muito menos o Governo. O que é que os empresários pedem? Celeridade na avaliação e rapidez na decisão e execução”.

O secretário de Estado do Turismo defendeu ainda que o turismo não deve ser visto como “uma ameaça” e recusou os “fantasmas de que temos turismo a mais”, apesar de reconhecer que o setor “tem, como qualquer atividade económica, pegada”.

“O turismo tem, como qualquer atividade económica, pegada. Cada um dos senhores aqui sentados deixa pegada, é preciso interpretar este fenómeno, mitigar esse impacto e contribuir para o tal bem comum. Temos é de ser conscientes.” Com o intuito de consolidar o crescimento sustentável, Pedro Machado considera que é fundamental dar atenção a problemas como a globalização, envelhecimento, alterações climáticas e migrações.

“Setor de locação desempenha papel fundamental no turismo”

Por último, Duarte Nobre Guedes, presidente do Conselho Diretor da ARAC, começou o seu discurso, afirmando que “a locação automóvel desempenha um papel fundamental para abordar alguns problemas estruturais no turismo, como é o caso do excesso de litoralização na atividade turística”.

O Conselho Diretor da ARAC iniciou, no passado mês, um novo triângulo que apresenta novos desafios para o setor da mobilidade e, em particular, da locação. “Estes desafios exigem uma agenda para a competitividade das empresas associadas e posicionamento do setor como parte integrante e dialogante de uma mobilidade moderna, sustentável e livre. Hoje, tentaremos abordar alguns principais temas relevantes para esta indústria com ajuda de um destacado painel de oradores”, terminou.

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