Luís Pedro Martins, Presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte, expressou a necessidade de “manter a confiança em todas as regiões, que têm demonstrado ser marcas de atração robustas para o nosso território”, defendendo assim a concessão de “maior autonomia administrativa e financeira” a essas regiões.
Estas declarações foram proferidas durante a sessão de abertura do 48º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre entre 30 de novembro e 2 de dezembro no Porto, com o tema “Inteligência Artificial: A Revolução do Século XXI”.
O presidente destacou a importância da inovação e digitalização na transformação do setor turístico na região, afirmando que “a inovação e a digitalização na comercialização e acolhimento serão cruciais para oferecer experiências personalizadas, eficientes e em tempo real”. Luís Pedro Martins revelou que já foram identificados projetos que incorporam tecnologia para aumentar a eficiência na gestão do destino.
“A inovação e a digitalização na comercialização e acolhimento serão cruciais para oferecer experiências personalizadas, eficientes e em tempo real”.
Segundo Luís Pedro Martins, o compromisso em moldar a promoção turística do Porto e Norte passa pela imersão do destino e pela personalização do marketing. “Queremos tirar partido da tecnologia, e assim moldar a promoção turística do Porto e Norte, através da imersão do destino e da personalização do marketing, não só por via da inovação nos instrumentos de comunicação, mas também pela utilização da análise de dados para compreender as preferências da procura”, explicou.
A estratégia inclui a criação de campanhas de marketing “altamente personalizadas” através de algoritmos e análise de dados. “Assim, seremos capazes de segmentar a procura em grupos específicos e assim desenhar produtos altamente personalizados,” destacou o presidente.
“E, como não entendemos a gestão e o marketing sem conhecimento, colocamos como prioridade a monitorização de dados avançada, a recolha e análise de dados em tempo real, e utilizar a inteligência artificial para prever tendências de turismo”, acrescentou.
Através de campanhas de marketing “altamente personalizadas, seremos capazes de segmentar a procura em grupos específicos e assim desenhar produtos altamente personalizados”
Além disso, foi anunciada a iniciativa de transformar o Porto e Norte numa “Wise Destination”, aproveitando a tecnologia para gerar “eficiência e conveniência”, numa abordagem “ampla e holística que incorpora a sustentabilidade”.
No contexto da transformação, Luís Pedro Martins destacou projetos como o Marketplace de experiências turísticas, que será apresentado em dezembro. Esse ecossistema visa melhorar “a maturidade digital, aumentar a visibilidade e gerar receita através da comercialização de experiências autênticas”, especialmente em territórios de baixa densidade, estando disponível a partir de 9 de janeiro.
O Presidente do Turismo do Porto e Norte sublinhou ainda a significativa contribuição do setor turístico para o país, mesmo num contexto adverso. “Tivemos pandemia, temos uma guerra na Europa, uma guerra no Médio Oriente, temos queda de governos, mas mesmo assim, perante todas estas dificuldades, este setor tem sido a alavanca da economia”, salientou, referindo que, perante todas estas adversidades, o setor conseguiu gerar 21 mil milhões de euros.







