O turismo representou 12,2% do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol em 2022, o equivalente a 159.490 milhões de euros e mais 1,4% do que em 2019, antes da pandemia, revelou esta terça-feira a associação do setor Exceltur.
O ano passado “marca a total recuperação da atividade turística em Espanha”, revelou a Exceltur, que integra grandes empresas ligadas direta e indiretamente ao setor do turismo em Espanha (alojamento, transportes, agências de viagens, aluguer de carros, centrais de reserva, entre outras).
Segundo os dados da Exceltur, divulgados num estudo que publica a cada três meses, “o PIB turístico” espanhol no ano passado rondou os 159.490 milhões de euros, mais 2.135 milhões de euros do que em 2019 e mais 62.363 milhões de euros do que em 2021.
O peso do turismo no total da economia espanhola de 2022 foi 12,2%, ligeiramente abaixo dos 12,6% que pesou no PIB de Espanha em 2019.
Os níveis de emprego das empresas do turismo em Espanha recuperaram e superaram também os anteriores à pandemia, com mais 1,4% de trabalhadores no final do ano passado do que em 2019, disse a associação.
Porém, segundo o mesmo relatório, “a notável recuperação das receitas em 2022 não se notou nem transferiu com a mesma intensidade para os resultados” das empresas do setor, por causa dos aumentos dos custos associados à inflação, como as despesas relacionadas com a energia, que aumentaram 28,9%.
Foi a procura nacional que mais contribuiu para a recuperação do turismo espanhol, sobretudo depois de abril, após a última vaga de covid-19 e o fim da maioria das restrições impostas pela pandemia.
As dormidas na hotelaria espanhola de residentes no país cresceram 4,4% em 2022, comparando com 2019, segundo a Exceltur.
A associação registou, ainda assim, “uma forte recuperação” da procura de Espanha por turistas estrangeiros, com destaque para mercados como o do México (com um aumento de 17,6% das dormidas em relação a 2019) e europeus como o dos Países Baixos (mais 13%), Luxemburgo e Bélgica (mais 5,6%), Irlanda (mais 7,2%), Portugal (5,9%) e França (mais 0,6%).
No outro extremo, estão mercados como o Reino Unido, Alemanha, Itália ou os países nórdicos da Europa, com os números de dormidas dos turistas oriundos destes países a ficarem, no ano passado, aquém dos registados em 2019 em Espanha.
Para 2023, a Exceltur prevê a consolidação da recuperação turística em Espanha, apesar do “contexto de maior debilidade da economia global e da incerteza geopolítica”.