O mercado de investimento imobiliário comercial português fechou a primeira metade do ano com um volume de investimento total de 765 milhões de euros, observando uma descida de 8% comparativamente ao mesmo período do ano 2022, revelou a consultora imobiliária Savills. O turismo foi um dos setores com melhor desempenho, somando um total de 273 milhões de euros, exercendo um peso de 39% no volume total de investimento.
Segue-se o segmento de Retalho, que ocupa o segundo lugar na tabela, com um montante total de investimento na ordem dos 263 milhões de euros e um peso de 38% no volume total de investimento.
Face ao primeiro trimestre do ano, no 2º trimestre verificou-se um aumento de 77% no volume total de investimento. Ainda assim, é importante notar que 50% dos 489 milhões de euros transacionados no decorrer do 2º trimestre de 2023 são referentes à venda do portfólio dos hotéis Dom Pedro, no valor de 250 milhões de euros à gestora de ativos britânica Arrow Global.
Até junho de 2023 registaram-se mais de 34 milhões de dormidas em Portugal, o que representa um crescimento de cerca de 11% e um recorde no número de dormidas acumuladas no primeiro semestre do ano face ao período homólogo de 2019 (30,8M). Os estrangeiros representam 71% do total de estadias até agora, enquanto o turismo doméstico reflete os outros 29%.
Durante o primeiro semestre do ano, Portugal recebeu um total de 13,6 milhões de hóspedes. No que diz respeito à evolução dos turistas no país, registou-se um aumento de 10% no número acumulado de viajantes, comparativamente entre os números do 1º semestre de 2023 e de 2019 (12,2M).
Na primeira metade do ano abriram 59 novas unidades hoteleiras, num total de 2.800 quartos, sendo que 80% destes novos alojamentos estão localizados na Região da grande Lisboa, Alentejo, Porto e Região Norte.
“Devido à excelente performance e recuperação dos KPI´s do turismo nacional, o setor de Hospitality é, cada vez mais, um destino de investimento apetecível e os números demonstram isso mesmo. O setor continua a inovar e a atrair um leque cada vez mais diversificado e sofisticado de grupos hoteleiros, e gestoras de ativos internacionais que pretendem expandir e diversificar as suas carteiras de ativos. Portugal está no radar destes investidores, que procuram produto de qualidade, sustentável e competitivo”, sublinha Luís Clara, Associate, Capital Markets, Savills Portugal.