Terça-feira, Novembro 18, 2025
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WTTC apela a uma gestão “mais equilibrada” do turismo em destinos populares

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Um novo relatório do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) apela a uma abordagem “mais equilibrada” de gestão do turismo em destinos populares.

Segundo o WTTC, embora a sobrelotação seja frequentemente vista como um “problema turístico”, muitas das pressões reais resultam de “questões mais profundas”, como o subinvestimento em infraestruturas, o mau planeamento e a fragmentação do processo de tomada de decisões. Estes desafios afetam tanto os residentes como os visitantes e necessitam de soluções conjuntas, defende o organismo.

O setor das viagens e do turismo representa um em cada dez postos de trabalho e quase 10% do PIB mundial e deverá representar um em cada três novos postos de trabalho na próxima década. “Quando bem gerido, também promove o intercâmbio cultural, a compreensão global e a proteção do ambiente”, diz o WTTC, acrescentando que, sem um planeamento inteligente, “os benefícios que traz podem estar em risco”.

O relatório Managing Destination Overcrowding: A Call to Action explica que “não existe uma solução simples” para o problema e insta os governos, os líderes locais e as empresas “a trabalharem em conjunto para apoiar as comunidades e os visitantes”.

A análise avalia algumas das causas profundas da sobrelotação num pequeno número de destinos cada vez mais populares em toda a Europa e oferece soluções reais que podem ser adaptadas às necessidades locais.

O documento descreve seis passos simples que os destinos podem adotar para gerir melhor o turismo:

  • Organizar-se: Reunir as partes interessadas certas, através de grupos de trabalho capacitados;
  • Fazer um plano: Definir uma visão partilhada e uma estratégia de destino;
  • Reunir as provas: A falta de dados está a agravar os problemas em vários destinos. Por conseguinte, é crucial efetuar diagnósticos e respostas baseados em dados concretos para os desafios únicos enfrentados por cada destino;
  • Manter-se vigilante: Monitorizar as condições e agir atempadamente;
  • Investir com sensatez: Reinvestir em infraestruturas e na resiliência, sendo transparente sobre onde o dinheiro é gasto;
  • Capacitar os residentes: Assegurar que os residentes têm uma palavra a dizer e compreendem os benefícios das viagens e do turismo nas suas comunidades.

Importância destas medidas, segundo o WTTC

Um número crescente de destinos introduziu taxas sobre o turismo em resposta à pressão, mas o WTTC alerta para o facto destas medidas “nem sempre resolverem os verdadeiros problemas e poderem pôr em risco o emprego, os rendimentos e os serviços”.

O relatório conclui que, se 11 grandes cidades europeias limitassem o número de visitantes, isso poderia custar 245 mil milhões de dólares em perda de PIB e quase 3 milhões de postos de trabalho ao longo de três anos.

O WTTC deixa claro que “não existe uma solução única para todos”. “Cada destino é diferente e as ações devem ser baseadas nas realidades locais. No entanto, com cooperação e planeamento, as viagens e o turismo podem continuar a prosperar de uma forma que proteja o que torna cada lugar especial.”

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