“O bem-estar está no centro do que o grupo Accor anda a desenvolver atualmente”, afirmou Meenaz Diamond, vice-presidente sénior de vendas do grupo em todo o mundo, durante o Accor’s Global Meeting Exchange. O CEO e presidente da Accor, Sébastien Bazin, disse que a pandemia mudou a atitude dos hóspedes e dos hoteleiros em relação à oferta hoteleira.
O bem-estar evoluiu para uma componente obrigatória tanto nas viagens de lazer como de negócios, mas uma área dedicada à saúde nos hotéis deixou de ser suficiente. Em vez disso, os hotéis devem incorporar o bem-estar em todos os aspetos do design, espaço e ofertas do hotel, defende um artigo do CoStar. Mansi Vagt, vice-presidente da marca Accor’s Fairmont, sublinhou que “os viajantes de bem-estar gastam mais”.
Emlyn Brown, vice-presidente global de bem-estar da Accor, disse que há várias áreas de saúde que os hotéis podem reunir de forma holística para os hóspedes: nutrição, design e ambiente hoteleiro, atividades físicas e desportivas, spas e tratamentos, saúde mental e bem-estar digital. Os hóspedes desligarem os smartphones durante a estadia, foi um dos exemplos de bem-estar digital mencionados durante o evento.
Recorde-se que a Accor estabeleceu duas áreas de negócio específicas e dividiu-se em duas áreas: “Economy, Midscale & Premium” e “Luxury & Lifestyle”. Esta mudança na estrutura organizacional do grupo deverá estar concluída a 1 de outubro.
“O nosso objetivo é fornecer a carteira hoteleira mais consistente mas diferenciada e localmente relevante do setor”, disse Patrick Mendes, diretor comercial da Accor. “Na arena do ‘luxury’ e ‘lifestyle’, estamos a proporcionar aos hóspedes experiências hoteleiras de alta qualidade e feitas à medida”.
A mudança despertou o interesse da comunidade de investimento, afirmou o diretor comercial. Patrick Mendes sublinhou que “desde que anunciámos a divisão da empresa em duas, temos visto atrativos por parte dos investidores. É uma transformação profunda que proporcionou clareza e consistência, e dá uma melhor ideia de quem somos a nível global”, defendeu.
O bem-estar é uma parte dessa diferenciação, que é ainda mais importante para os hóspedes mais jovens. Emlyn Brown acrescentou que “72% dos viajantes da geração Gen Z afirmam que, dentro dos diversos segmentos da saúde, a saúde mental é a que está no topo das suas prioridades”.
Num comunicado de imprensa, Brown afirmou que os hotéis devem ser participantes ativos na promoção de uma melhor saúde mental entre os hóspedes. “O bem-estar físico, emocional e mental é agora amplamente reconhecido como um contributo para uma maior qualidade de vida, e para os hotéis isto deve permear toda a experiência do hóspede”.