A gestora aeroportuária espanhola Aena ganhou esta quinta-feira, dia 18 de agosto, uma concessão para operar 11 aeroportos no Brasil, incluindo o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o segundo com maior tráfego aéreo do país, com 10 milhões de passageiros por ano.
A Aena foi a única empresa a apresentar propostas para essas concessões, oferecendo 2,4 mil milhões de reais (cerca de 460 milhões de euros) pelas licenças de operação de 30 anos.
Esse valor é 231% superior ao valor mínimo exigido pelo governo brasileiro (740,1 milhões de reais ou 143 milhões de euros).
A Aena, vencedora do leilão, também se comprometeu a investir 5,8 milhões de reais (cerca de 1 bilhão de euros) nos aeroportos.
O aeroporto para voos domésticos de São Paulo, Congonhas, é a “jóia da coroa” do leilão organizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Os outros dez aeroportos são Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, localizados no estado de Mato Grosso do Sul, Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará, e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, no estado de Minas Gerais.
A Aena, com operações em vários países, já administra outros seis aeroportos no Brasil, incluindo Recife, um dos cinco mais movimentados do país, além de Maceió, Aracajú e João Pessoa, Campina Grande e Juazeiro do Norte.
De acordo com o seu último balanço, esses seis aeroportos da região nordeste do país movimentaram 11,8 milhões de passageiros em 2021, com um aumento de 52,2% face a 2020, apesar do qual acumulou perdas de 60,04 milhões de euros, metade dos 126,78 milhões deixados em 2020.
Como operadora agora de 17 aeroportos, incluindo Congonhas, a Aena posiciona-se como uma das principais gestoras de terminais aéreos do país, superando em trânsito até o grupo brasileiro CCR, que no ano passado conquistou 16 aeroportos nu, outro leilão de concessão.