A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) divulgou uma nota de imprensa esta terça-feira, assinada pelo seu presidente, Hélder Martins. A associação lamenta o aparecimento de uma nova greve do SEF e defende que a mesma terá “consequências brutais para o turismo”.
Os inspetores e os administrativos do SEF vão realizar seis dias de greve durante o período da Páscoa, devido à forma como o Governo pretende transferir os trabalhadores para outros organismos no âmbito da extinção do SEF.
O presidente da AHETA relembrou que a greve nacional na função pública, que decorreu em maio, obrigou a que “passageiros esperassem várias horas [no Aeroporto de Faro], em salas apinhadas de gente, provocando até mau estar e desmaios, entre outros problemas”, enfatizando que “o mais grave foi a imagem do destino que ficou para todos os nossos clientes”.
“Como seria de esperar, as redes sociais e os órgãos de comunicação social, trataram de divulgar amplamente essas imagens, que destruíram tanto a imagem do destino Algarve que muitas campanhas promocionais não apagarão tão cedo”, acrescentou.
Hélder Martins relembra, ainda, que a Páscoa marca o fim da época baixa e permite a afluência de milhares de turistas ao Algarve. Com a nova greve do SEF, o presidente acredita que “o impacto nas chegadas e partidas do aeroporto seja significativo, continuando a ‘denegrir’ a imagem do destino”.
A associação apela a quem tem poder de decisão para “fazer tudo no sentido de evitar esta greve, que tanto impacto poderá ter na principal atividade económica do principal destino turístico do país”.
“Há que definir que caminhos que queremos seguir, se devemos todos trabalhar para a recuperação do setor e do país ou se, por outro lado, devemos trabalhar para destruir o trabalho já feito”, salientou o responsável, frisando que “a decisão é urgente e está sobre a mesa a todo o momento”.
Por fim, Hélder Martins defende que o “interesse nacional deve estar acima de interesses particulares” e que, caso não haja outra opção, o Governo deverá esgotar todas as formas legais para evitar esta greve, prevendo inclusivamente a colaboração da PSP para minorar o pesado impacto”, concluiu.