Terça-feira, Outubro 15, 2024
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Alojamento turístico continua a abrandar com 3,2 milhões de hóspedes em julho

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O alojamento turístico manteve a tendência de abrandamento no mês de julho, tendo registado 3,2 milhões de hóspedes e 9 milhões de dormidas, o que representa aumentos homólogos de 1,5% e 2,1%, respetivamente.

Os dados da atividade turística do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta sexta-feira, indicam que as subidas registadas em julho comparam com os aumentos de 6,8% nos hóspedes e de 5% nas dormidas observadas no mês de junho.

Enquanto o número de hóspedes residentes em Portugal caíram 3,4% em julho, em termos homólogos, os visitantes provenientes do estrangeiro cresceram 4,6%. Estes dados contrastam com o crescimento registado em junho, quando se verificaram aumentos homólogos tanto nos hóspedes residentes em Portugal (6,8%) como nos residentes no estrangeiro (6,7%).

De acordo com o INE, os proveitos totais mantiveram a trajetória de abrandamento em julho. Nesse mês, verificou-se um aumento de 7,2%, em comparação com o crescimento a dois dígitos em junho (12,7%) e maio (15,3%), atingindo 803,0 milhões de euros.

Esta evolução dos proveitos totais reflete “o abrandamento do crescimento do total de dormidas nos últimos dois meses”, explica o INE. Observou-se o mesmo com os proveitos de aposento, que aumentaram 7,7% em julho (em relação a +12,7% em junho e +15,5% em maio), totalizando 640,4 milhões de euros.

“O abrandamento do crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de julho”, refere ainda o INE.

Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (que pesam 85,9% e 84,2% no total do alojamento turístico, respetivamente) registaram um aumento de 7,0% e 7,4%, pela mesma ordem.

Por sua vez, nos estabelecimentos de alojamento local, observaram-se crescimentos de 8,3% nos proveitos totais e 9,6% nos proveitos de aposento (quotas de 9,7% e 11,3%, respetivamente).

Já no turismo no espaço rural e de habitação (que representam 4,4% dos proveitos totais e 4,5% dos relativos a aposento), houve aumentos de 10,2% e 9,7%, respetivamente.

A nível regional, o Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,8% dos proveitos totais e 34,3% dos proveitos de aposento). No entanto, foram os Açores que registaram o maior crescimento homólogo (18,8% nos proveitos totais e 21,2% nos de aposento).

Em julho, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi de 96,4 euros (subido 5,4% face a julho de 2023), enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 144,9 euros (+6,1%). Sobre isto, o INE destaca ainda que o ADR voltou a atingir os valores mais elevados no Algarve (181,5 euros) e na Grande Lisboa (160,8 euros).

O valor de RevPAR mais elevado foi também o das regiões do Algarve (133,4 euros) e da Grande Lisboa (121,5 euros). Já os arquipélagos tiveram os crescimentos mais acentuados (+16,5% nos Açores e +16,3% na Madeira).

No acumulado dos primeiros sete meses do ano, as dormidas cresceram 4,1%, com 44,5 milhões, “dando origem a aumentos de 11,1% nos proveitos totais e de 11,0% nos de aposento”. Em termos acumulados, os proveitos totais alcançaram 3,6 mil milhões de euros e os relativos a aposento foram de a 2,7 mil milhões de euros.

Dos 9 milhões de dormidas contabilizadas em julho, Lisboa foi o município com o maior valor, com 1,5 milhões, perfazendo 16,2% do total de dormidas. Seguiu-se Albufeira, com 1,1 milhões.

Tendo em conta a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se em julho 3,6 milhões de hóspedes e 10,3 milhões de dormidas, refletindo crescimentos de 0,9% e 1,6%, respetivamente, indica o INE.

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