Quarta-feira, Outubro 16, 2024
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APAVT: Caos nos aeroportos são “uma excelente oportunidade para as agências ganharem quota de mercado”

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Os constrangimentos nos aeroportos são uma “excelente oportunidade para as agências ganharem quota de mercado”, de acordo com Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Agencias de Viagens e Turismo (APAVT), relembrando que as agências já o tinham feito na pandemia e que foram “um bom porto de abrigo”.

Pedro Costa Ferreira afirmou, na segunda-feira, 4 de julho, em Ponta Delgada, que o turismo está com “níveis muito semelhantes a 2019”, destacando que algumas regiões, hotéis e operadores turísticos estão a registar reservas superiores ao ano pré-pandemia. Desse ponto de vista, o presidente da APAVT, sublinhou que a “recuperação está a correr muito bem”, destacando que o “mercado é muito sensível, mas tem memória curta”.

Apesar dos resultados positivos em 2022, o presidente da APAVT sublinhou que se a inflação perdurar e se a subida das taxas de juro for efetiva, em 2023, “podemos ter uma menor capacidade económica da parte da procura” e, consequentemente, “termos um verão de 2022 superior ao verão de 2023”. Contudo, referiu que estas conclusões ainda são muito prematuras devido à imprevisibilidade gerada pela pandemia, pela guerra na Ucrânia e pelas questões económicas.

Um dos obstáculos desta crise pandémica, segundo Pedro Costa Ferreira, é a oferta conseguir responder aos níveis de procura. O presidente da associação referiu que a procura regressou em força, mais do que a associação esperava, porque, “ao contrário das expectativas”, houve 20 mil milhões de euros de poupança forçada durante a pandemia.

Apesar dos resultados positivos de 2022, o líder da associação reiterou que “a recuperação é ao nível da demonstração de resultados” e que as agências, nestes últimos dois anos, “perderam entre cinco e 10 anos de resultados”, o que representa “um balanço totalmente destruído”. Apesar de afirmar que as agências estão no bom caminho, conclui que “ainda têm um longo caminho a percorrer”, relembrando que as empresas do setor deixaram de receber o Apoio à Retoma em abril de 2021.

Solução relativamente ao Aeroporto de Lisboa

Pedro Costa Ferreira acredita que um dos maiores constrangimentos, neste momento, é a questão dos aeroportos. “O aeroporto é uma restrição para o país, estamos a perder milhões de euros todos os dias e sabemos que vamos perder cada vez mais.” O presidente da APAVT apontou que nos devemos focar naquilo que “produz uma solução mais efetiva e breve, que são obras no aeroporto de Lisboa”, para que nos momentos de pico fosse possível passar de 40 movimentos por hora para 48. Depois, “enquanto essa fase acontecesse, devíamos arranjar outra solução”.

“Espero que haja um diálogo com frutos com a oposição, um diálogo adulto e que os políticos nos dessem um exemplo daquilo que não têm feito: pensar no país”, defendeu num encontro com jornalistas, durante o lançamento do 47.º Congresso da APAVT.

“Achamos absolutamente inqualificável os problemas que têm acontecido” na receção de turistas, relembrando que dois ministros da administração interna disseram que iam solucionar o problema, mas que tal não aconteceu. Porém, destacou que a receção de turistas, durante o mês de julho, “melhorou, como o ministro tinha prometido, o que é uma extraordinária notícia.”

Quando questionado sobre de que forma é que as agências de viagens estão a dar resposta ao caos no aeroporto de Lisboa, Pedro Costa Ferreira responde: “levando os clientes ao colo, explicando a que horas devem chegar, que comportamentos devem adotar, para que os problemas sejam os menores possíveis.” O presidente da APAVT notou que “esta é uma excelente oportunidade para ganhar quota de mercado”, relembrando que as “agências de viagens foram um bom porto de abrigo” durante a pandemia.

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