Sábado, Dezembro 7, 2024
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Segundo as últimas projeções das Nações Unidas, a população mundial deverá atingir os 9,7 mil milhões em 2050…

Por Ricardo Augusto

Escusado será dizer que, com base neste cenário, a procura de alimentos irá disparar para níveis incomportáveis. Uma das soluções mais viáveis (para não entrarmos em campos de engenharias genéticas e biologias moleculares em alimentos) será adaptarmos e alterarmos a nossa forma de olhar para o que é “comida”. Por outras palavras, começarmos a considerar outras fontes de proteínas. A pecuária tradicional é prejudicial ao ambiente e atinge já níveis insustentáveis. Para termos uma ideia, um quilo de proteína de insetos precisa apenas de 10% da ração, água e terra usada para produzir a mesma quantidade de carne bovina.

Os insetos, além de terem um impacto ambiental muito mais baixo que outros animais usados da nossa alimentação, possuem um elevado teor de proteína e são fonte de vitaminas (complexo B) e sais minerais (ferro, cálcio e zinco). Na realidade os mesmos já fazem parte do “menu” para mais de 2 mil milhões de pessoas pelo mundo inteiro. Falamos de grilos, gafanhotos, larvas, escorpiões, tarântulas, entre outros (estes dois últimos exemplos não tem ainda a sua comercialização legalizada na Europa).

Encontramos verdadeiras delicatessen por esse mundo fora, quer em mercados de rua, nos já conhecidos street food festivals, ou mesmo em restaurantes de topo detentores de 3 estrelas Michelin (ex. Noma em Copenhagen, do Chefe René Redzepi, considerado o melhor restaurante do mundo e com um prato “larva de abelha com chocolate”).

Se pensarmos ainda em todo o desperdício alimentar que anualmente é produzido (na Europa o valor ultrapassa as 89 toneladas), facilmente constatamos, mais uma vez, que o modelo atual não é sustentável.

Os insetos acabam por ser, em termos ambientais, uma ferramenta da muito em voga economia circular dado que, podem alimentar-se dos nossos desperdícios, retendo os nutrientes e serem, por exemplo, transformados em farinha capaz de ser usada para produção de muitos “alimentos processados” que existem no mercado.
Não tenhamos dúvidas, estes “pequenos amiguinhos” poderão e deverão ser uma alternativa no futuro!

Como disse o conhecido nutricionista João Lacerda, “comer insetos pode vir a tornar-se uma moda como foi o sushi há uns anos”.

Uma dica: se pretenderem ficar a conhecer “in loco” estas ofertas gastronómicas visitem o NEXT da coleção Savoy Signature!

Por Ricardo Augusto

É hotel manager do NEXT da Savoy Signature, na Madeira, Founder & CEO da REDE-T, rede de profissionais na área de turismo, hotelaria e restauração.

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