Localizado entre a China e a Índia, o Butão proibiu o turismo – uma importante fonte de rendimento para o país – em março de 2020 quando o primeiro caso de covid-19 foi detetado.
“A covid-19 permitiu-nos repensar de que forma é que o setor do turismo pode ser melhor estruturado e operado, para que não só beneficie o Butão economicamente, mas também socialmente, mantendo ao mesmo tempo a pegada de carbono baixa. A longo prazo, o nosso objetivo é criar experiências de alto valor para os visitantes, e empregos bem pagos para os nossos cidadãos”, disse Tandi Dorji, ministra dos negócios estrangeiros do Butão e presidente do Conselho do Turismo do Butão.
Devido à ameaça das alterações climáticas, o Butão também intensificará os seus esforços para manter o país como um destino verde para os turistas. A nação é extremamente vulnerável aos efeitos das alterações climáticas, tais como chuvas frequentes e inundações.
Como tal, irá aumentar a Taxa de Desenvolvimento Sustentável (SDF) de 65 dólares (63€) por pessoa por noite para 200 dólares (193€). Esse valor será utilizado em atividades que promovem o turismo neutro em carbono e na construção de um setor turístico mais sustentável. Isto inclui a compensação da pegada de carbono dos turistas e a requalificação dos trabalhadores do setor. Os turistas indianos continuarão a pagar uma taxa previamente estipulada, que será revista mais tarde.
Ao mesmo tempo, a Taxa Mínima de Pacote Diário (MDPR) será removida. A taxa refere-se ao montante mínimo pago por todos os turistas por um pacote turístico com tudo incluído para o Butão. No passado, o MDPR limitou frequentemente a experiência turística, uma vez que os viajantes só podiam escolher pacotes fornecidos por operadores turísticos. No futuro, os turistas terão a flexibilidade de contratar diretamente os prestadores de serviços. As alterações das taxas entraram em vigor no dia 20 de junho de 2022.