Domingo, Março 23, 2025
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Entrevista: Sinergia Soltrópico e Egotravel pode estender-se à Turangra

Newtour planeia juntar os operadores turísticos Egotravel, Soltrópico e Turangra, de um ponto de vista operacional, avançou Gonçalo Palma, diretor geral da Egotravel e Soltrópico, numa entrevista conjunta ao TNews, com o diretor de vendas da Egotravel, Daniel Graça, e com o diretor de vendas da Soltrópico, Sandro Lopes. Os responsáveis falaram sobre o primeiro ano desta sinergia e sobre a nova funcionalidade de reserva de produtos combinados nas suas plataformas de vendas online. Nesta entrevista abordámos ainda outros temas, como as perspetivas de futuro e as novidades para o próximo ano, que incluem um novo destino no portfólio da Egotravel, Al Hoceima, em Marrocos.

Faz um ano desde que as duas empresas fizeram esta joint venture, qual é o balanço que fazem deste ano?

Gonçalo Palma: A joint venture visava uma parceria mais aprofundada, não houve nenhum tipo de fusão entre as empresas, continuam a ser duas empresas independentes e portanto os resultados das empresas também são independentes. De uma forma geral foram os dois muito positivos, tanto a Egotravel como a Soltrópico tiveram resultados muito bons. O que podemos dizer em termos internos, que é o que nos interessa, é que a junção das duas empresas foi muito além da nossa expetativa do ponto de vista dos recursos humanos e da tecnologia. O entrosamento foi, não diria perfeito, por que não há coisas perfeitas, mas temos vindo a fazer um trabalho realmente muito bom.

“Em termos internos, a junção das duas empresas foi muito além da nossa expetativa do ponto de vista dos recursos humanos e da tecnologia”.

Gonçalo Palma

Quais foram as maiores dificuldades?

GP: A maior dificuldade foi a pandemia. Quando começámos esta parceria, a Soltrópico ainda estava confinada, portanto todos os recursos humanos da empresa estavam a trabalhar em casa e esse foi o primeiro grande obstáculo. Tivemos que conhecer as pessoas via Zoom, o que foi uma grande barreira.

Daniel Graça: A maior dificuldade, pelo menos numa fase inicial, foi montar o esquema que tínhamos na Egotravel – já trabalhado ao longo de vários anos e muito assente na tecnologia -, num operador com uma dimensão muito maior e com uma complexidade de produto também muito maior. A partir do momento em que as coisas começaram a ficar alinhadas, tornou-se tudo muito mais fácil e os trabalhos começaram a fluir de uma forma mais simples.

E quais foram os pontos fortes?

GP: A Soltrópico é um operador com 30 anos de mercado, por isso o ponto forte foi o facto de toda a gente conhecer a Soltrópico. Nós costumamos dizer: “Se nós pusermos qualquer coisa a vender, ela vende”. Há uma notoriedade muito grande à volta da marca, o que tornou tudo isto possível.

Sandro Lopes:  O ponto talvez mais facilitador – além dos recursos humanos, que se conseguiram entrosar em toda a linha, tanto a nível comercial, como operativo e financeiro, – foi a uniformização da tecnologia que nós utilizamos, ou seja, todos os automatismos que nós ganhámos em pouco tempo e com todos os anos de experiência que a Egotravel nos conseguiu aportar, tanto do ponto de vista operativo, como na simplicidade na reserva de voos charter.

“A maior dificuldade, foi montar o esquema que tínhamos na Egotravel – já trabalhado ao longo de vários anos e muito assente na tecnologia – num operador com uma dimensão muito maior”

Daniel Graça

Neste momento, a equipa já está completamente estruturada?

GP: Sim, em termos de equipas de coordenação já está completamente estruturada. Aquilo que estamos agora a fazer é aumentá-la para a próxima temporada.

Como correram as vendas este ano, com todos os constrangimentos, como por exemplo o aumento dos combustíveis e a inflação?

DG: Na Egotravel correram muito bem, neste ano montámos uma operação muito grande. Fechámos, se não estou em erro, à volta dos 97% de ocupação. Efetivamente o aumento dos combustíveis foi um desafio, e não nos deu prazer nenhum ter de repassar às agências de viagens quando já tínhamos as vendas feitas. Efetivamente, tivemos vários transtornos e problemas que tivemos que resolver com as agências de viagens, mas olhando para a produção da empresa em termos de vendas foi um ano extremamente positivo. Estávamos com algum receio de como iria correr no primeiro ano pós pandemia e, felizmente, superou todas as expetativas que tínhamos para o ano de 2022.

SL: Na Soltrópico começámos o ano muito bem, acima das nossas expetativas em termos de vendas, apenas com a exceção de Saïdia, porque Marrocos tardou em aligeirar as restrições de entrada no país, mas a partir do momento em que levantaram as restrições e os passageiros puderam entrar no país apenas com o certificado de vacinação, tivemos logo de seguida um boom de reservas que veio compor toda a operação. Diria o mesmo sobre Cabo Verde, este ano colocámos mais lugares no mercado do que em 2019, por isso crescemos face à pré-pandemia. Em Porto Santo duplicámos a capacidade, oferecendo a maior capacidade de sempre neste destino. Porto Santo é hoje, talvez, o destino mais importante para nós. Anteriormente, Cabo Verde era o destino líder, que tinha o maior número de vendas, mas este ano já tivemos uma proximidade muito grande entre Cabo Verde e Porto Santo. A parte dos aumentos de combustíveis, e todos os ajustes que infelizmente tivemos que fazer, foi penoso, porque a nível operacional significou mais trabalho para nós e para as agências de viagens, mas infelizmente foi inevitável.

“Este ano, em Cabo Verde, colocámos mais lugares no mercado do que em 2019, por isso crescemos face à pré-pandemia. Em Porto Santo duplicámos a capacidade, oferecendo a maior capacidade de sempre neste destino”

Sandro Lopes

Como está a correr a operação de fim-de-ano?

GP: Na Egotravel não temos operação de fim-de-ano, em princípio só teremos no próximo ano. Na Soltrópico, temos o Brasil. A operação de Salvador que já está completamente cheia. Temos a operação de Natal que ainda falta vender uma boa parte do voo, mas estamos confortáveis com os números que temos. As operações do Funchal também já começam a ser uma tradição da casa, e também estamos relativamente confortáveis. O que reparámos é que havia uma cadência de vendas que desacelerou, sobretudo na operação do Brasil, devido às eleições brasileiras que provocaram alguma instabilidade. O turismo é muito sensível a estes fatores políticos e socioeconómicos.

Em relação à inflação, nós no período de vendas deste ano não sentimos tanto esse problema, porque quando a questão da inflação começou a ser mais efetiva nós já tínhamos praticamente o verão fechado. O problema da inflação vai-se notar no próximo ano. O aumento do combustível também se sentiu mais após o começo da guerra na Ucrânia, a partir de março começou a subir, mas tivemos um período de vendas muito forte em janeiro e fevereiro.

Têm receio em relação ao próximo ano?

GP: Sim, até porque ao preparar a próxima temporada já estamos a ver aumentos nas tarifas de avião, nas tarifas dos hotéis, porque a inflação é um problema global, obviamente que olhamos para isso com alguma apreensão.

Que impacto é que a inflação, a diminuição de poder de compra dos portugueses pode ter nos destinos que vendem, como Cabo Verde e Tunísia? Acreditam que os portugueses vão procurar destinos de maior proximidade?

GP: A Tunísia, na verdade, acaba por ser um destino de proximidade. Djerba está a duas horas e meia de distância, Cabo Verde está a quatro horas, também não é assim tão longe. Vai depender muito dos preços que forem praticados, por exemplo no Algarve. Porque as pessoas procuram alternativas fora do país, quando os preços em Portugal também são caros. Se os preços também subirem muito no Algarve, estes destinos a três, quatro horas acabam por se tornar mais acessíveis. Há sempre aqui um efeito que é: “Ok os outros ficam caros, mas o Algarve também vai ficar muito mais caro”, então estamos a jogar um bocadinho com isso.

“Quando a questão da inflação começou a ser mais efetiva nós já tínhamos praticamente o verão fechado. O problema da inflação vai-se notar no próximo ano.”

Que novidades terão em 2023, ao nível de produto?

DG: Na Egotravel vamos ter em Djerba uma operação muito grande, vamos iniciar em abril e terminar em outubro, com partidas de Lisboa e do Porto. Vamos ter três voos charter e voos contratados da TAP. Teremos também mais um hotel na nossa programação, exclusivo para o mercado português.

No próximo ano, teremos também uma nova operação, vamos lançar um destino novo no mercado português, Al Hoceima. É um destino que já andamos atrás há cerca de dois anos. Fica localizado no norte de Marrocos, muito próximo de Saïdia, a cerca de 200km de distância. O que vamos fazer, neste primeiro ano, é desviar um dos aviões da operação de Saïdia e partilhá-lo entre a Egotravel e a Soltrópico. O avião, em vez de voar para o aeroporto de Ojeda, vai voar para o aeroporto de Nador, que fica mais ou menos a meio caminho de distância entre Saïdia e Al Hoceima. A ideia é distribuirmos um avião entre os dois destinos.

Al Hoceima é uma zona no norte de Marrocos, com poucos hotéis. Temos um hotel de referência muito bom, com muita qualidade, o Radisson Blue. É um hotel de cinco estrelas novo, abriu em 2020, e tem instalações bastante luxuosas. Estivemos lá há cerca de três, quatro semanas para conhecermos o hotel e é uma unidade com muita qualidade gastronómica. Achamos que há ali muito potencial para criar um novo produto para o mercado português.

“No próximo ano, teremos também uma nova operação, vamos lançar um destino novo no mercado português, Al Hoceima, no norte de Marrocos.”

Daniel Graça

A ideia agora é trabalharmos o conhecimento do destino, como já fizemos no passado, por exemplo com Tropea, no sul de Itália. Nós temos noção que não é um destino que se calhar comporte grandes operações charter, porque tem um hotel muito bom e tem dois ou três médio/fracos, e acaba por ficar localizado numa zona de Marrocos que não tem muito para ver. Está mais perto de Fez, comparativamente com Saïdia, mas não tem muitas excursões para se fazer fora do hotel, portanto acaba por ter um destino mais vocacionado para as férias no hotel. Mas é um hotel muito bom e que terá preços bastante competitivos.

E porquê este destino?

GP: Grande parte do nosso trabalho é estar permanentemente à procura de novos destinos. De vez em quando aparecem umas propostas, estudamos, analisamos e quando há condições para avançar, que foi o caso, é isso que fazemos. Mas essa procura é sempre permanente, nós estamos sempre à procura. Às vezes até dentro do mesmo destino procuramos novos hotéis, se eles existirem. Tem muito a ver com aquilo que já falámos, é um destino de proximidade, é um voo de uma hora e pouco de distância e é um produto de praia com tudo incluído.

E novidades na Soltrópico para o próximo ano?

SL: Na Soltrópico estamos a preparar uma temporada de 2023 muito semelhante a 2022. Ou seja, manter a capacidade na Ilha do Sal e em Porto Santo. Em Saïdia, em virtude também deste projeto da Ego Travel, vamos acrescentar mais lugares para venda para alimentar o produto. Logicamente que ainda falta algum tempo até 2023 e estamos a trabalhar em uma ou outra novidade que possa surgir. Mas neste momento ainda é muito precoce dizer que vamos fazer mais charters para alguns destinos que já temos no portfólio. Além desta operativa charter, estamos a apostar muito em regressar a um destino que significou muito para nós antes da pandemia, as Maldivas.

Também estamos, de novo, a apostar em ter uma larga escolha de hotéis com confirmação imediata, através da tecnologia que estamos a conceder ao agente de viagens, para que possamos assim facilitar a venda de um destino que nem sempre é fácil. Nós trabalhámos esse aspeto porque era um dos feedbacks que íamos recebendo das agências e, neste momento, temos entre 90 a 100 hotéis com confirmação imediata no nosso portal.

A nossa aposta, para 2023, também vai passar muito pelos países de língua portuguesa, como São Tomé, que saiu beneficiado a partir do momento em que implementámos os pacotes combinados no nosso portal e também o Brasil, que vai ser uma aposta forte na nova temporada.

“Estamos a apostar em ter uma larga escolha de hotéis com confirmação imediata, através da tecnologia que estamos a conceder ao agente de viagens, para que possamos assim facilitar a venda de um destino que nem sempre é fácil”.

Sandro Lopes

E em termos de serviço e tecnologia para as agências?

DG: Os combinados são uma funcionalidade recente que colocámos no nosso site. É um produto muito dinâmico. Apesar de não estarmos a trabalhar o produto tradicional de voo mais hotel, trabalhámos a parte local com os nossos representantes locais. Tem várias vantagens, a principal passa pela grande flexibilidade. O agente de viagens pode escolher, por exemplo, um combinado de Marraquexe com Agadir. O cliente pode escolher ficar uma, duas, ou três noites em Marraquexe e depois ficar cinco, seis, sete em Agadir. Sempre com confirmação imediata. Portanto, tudo aquilo que retorna é com confirmação imediata. Além deste combinado temos outras alternativas noutros países, tanto na Egotravel como na Soltrópico. A ideia passa por crescer não só ao nível de produto charter, mas também a nível daquilo que são as nossas boas contratações, que no passado não conseguimos disponibilizar e que neste momento conseguimos de uma forma muito dinâmica para todo o mercado.

GP: Um dos grandes desafios que a Egotravel e a Soltrópico vão lançar para si próprias, é acrescentar valor àquilo que fazemos. Muitas vezes, grande parte dos nossos produtos passam por charters, risco, massas e obviamente que essa é uma parte muito importante da nossa operação. Mas para onde queremos caminhar, ou divergir um bocadinho, a partir de 2023, é acrescentar valor. Queremos tirar alguma complexidade a um produto que é complexo e torná-lo mais simples. O São Tomé é um produto muito particular, porque normalmente o que as pessoas querem é fazer São Tomé mais Príncipe, que é muito difícil de cotar porque nós temos que ter obrigatoriamente uma noite em São Tomé, na Ida, e uma noite na volta, mas podem ser duas ou três. É um produto que permite muita flexibilidade e em termos de orçamentação era um pesadelo, porque há tantas variáveis de produto que tínhamos de estar sempre a fazer um a um.

Esta solução, no fundo, vem facilitar isto. O agente escolhe as noites que quiser, desde que existam voos disponíveis, e em segundos tem essa confirmação. E isto aplica-se, por exemplo, no Brasil, que vai ser uma grande aposta da Soltrópico. Perdeu-se a tradição de fazer combinados no Brasil, que era um produto espetacular. O Brasil tornou-se muito charter, para competir com o Caribe, mas nunca foi um produto de uma só cidade. Eu trabalhei muitos anos no Brasil e muita gente fazia os combinados, era uma grande tradição que se perdeu. E nós queremos também, fruto desta tecnologia, voltar a esse tema.

O Sandro também falou das Maldivas, que já se vendem em larga escala em Portugal, mas a nossa tecnologia permite ter uma panóplia de hotéis muito alargada, com confirmação imediata, e é aqui que está a novidade. Porque outros operadores já o fazem, mas não têm essa confirmação. A Soltrópico e a Egotravel estão a tentar ir para onde podem acrescentar valor. É isso que nós fazemos, acrescentar valor. Porque no fim, obviamente que as vendas são importantes, toda a gente quer vender muito, mas para nós mais do que vender muito, queremos ter rentabilidade e sustentabilidade. Não vale a pena estar aqui a faturar milhões e milhões para no final do ano perder milhões. Essa é a nossa maior preocupação. Sabemos que para sermos sustentáveis e rentáveis, temos de acrescentar valor aos produtos. Essa é a nossa máxima.

Combinados: “As Maldivas já se vendem em larga escala em Portugal, mas a nossa tecnologia permite ter uma panóplia de hotéis muito alargada, com confirmação imediata, e é aqui que está a novidade.”

Gonçalo Palma

SL: Na Soltrópico, em termos tecnológicos, criámos uma área de cliente mais diversa, em que disponibilizamos vários meios de pagamentos, assim como a consulta das várias transações que a agência pode fazer connosco. Ou seja, no caso do agente de querer descarregar de novo as faturas, estão sempre disponíveis. A partir daquele momento, assim que o nosso financeiro dá o aval, todos os documentos contabilísticos estão disponíveis para o agente poder descarregar o número de vezes que precisar. Isto foi muito importante, porque muitas das chamadas que tínhamos, começam a ser resolvidas por via da tecnologia e dos produtos que nós estamos a dar ao agente de viagens.

Qual é que está a ser o feedback das agências?

SL: A partir do momento em que uniformizámos a tecnologia, começámos a receber feedbacks bastante positivos. Logicamente, nós somos autocríticos e queremos sempre melhorar. Esta solução é bastante boa para o dia-a dia do agente de viagens, tanto pela resposta rápida do portal, como por todas as outras ferramentas que estão disponíveis, como descarregar as documentações e as faturas e poder fazer o upload do ficheiro do pagamento, caso tenha sido uma transferência bancária, ou poder utilizar as referências multibanco, se assim o necessitar, porque facilita muito, tanto o trabalho do agente como o nosso, quando são pagamentos urgentes. A partir do momento em que utiliza a referência multibanco, cerca de um minuto depois, nós já podemos dar todo o tratamento que estaria pendente do pagamento. Portanto, acaba por ser um facilitador para a nossa interação com a agência de viagens e vice-versa.

Que constrangimentos é que perspetivam que possa haver na operação do próximo ano?

GP: Há coisas que podemos controlar, outras que não, como fatores externos, socioeconómicos, políticos, e temos que saber lidar com eles. Tem que haver uma precaução do número de risco que vamos assumir. Obviamente que há destinos onde nós somos claramente dominantes. O Sandro há pouco falou do Porto Santo, o Daniel falou do Djerba, o próprio Cabo Verde, Saïdia. Nós somos dominantes nesse tipo de destinos e teremos, obviamente, uma estratégia de massa.

Existe também uma ameaça dentro do próprio setor, que tem a ver com os operadores de grande dimensão, nomeadamente os espanhóis, que pertencem a grandes cadeias hoteleiras e que fazem uma grande pressão nos produtos charter, nomeadamente nas Caraíbas. Essa também é uma ameaça. Os nossos operadores estão virados para a rentabilidade, sustentabilidade, é o nosso jogo. O jogo deles é outro, é o jogo da massa, de ter muitos passageiros a voar, não interessa se perdem ou se ganham. É muito difícil estar no mesmo habitat que este tipo de operadores e isso também é uma ameaça. Às vezes corre bem, outras não corre tão bem. Não nos podemos esquecer que as pessoas que consomem estes produtos são as mesmos. O cliente quando vai a uma agência de viagens, às vezes pode ter uma ideia fixa, mas quando lá chega, se houver uma boa oportunidade, pode mudar de ideias. Podia querer ir para Cabo Verde mas aparece uma opção mais barata para as Caraíbas, por isso pensa: “Porque não?” Isto está tudo interligado. Essa é uma das ameaças do setor, a juntar a todas as outras que já conhecemos.

A Newtour planeia adicionar mais operadores no futuro?

GP: À data de hoje não, mas nunca se sabe. A Newtour tem mais um operador que é a Turangra, que é um operador especializado nos Açores. E nós, em princípio, o que temos perspetivado é que vamos fazê-la chegar mais perto de onde está atualmente a Soltrópico e a Egotravel. Funcionou tão bem a nossa sinergia que possivelmente vamos tentar adaptá-la nos Açores. Não é um novo operador, é o de sempre. Só que vamos tentar fazer uma maior aproximação.

Pretendem juntar os três?

GP: Sim, juntar os três do ponto de vista operacional. São empresas à parte, equipas à parte do ponto de vista comercial, do ponto de vista operacional, de posicionamento de mercado.

DG e SL: E distribuir o produto dos Açores através do nosso Marketplace.

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