Os países da Europa encontram-se cada vez mais esperançosos de que o aumento da vacinação possa abrir espaço a um verão mais normal, após um ano irregular de bloqueios. O tema mereceu destaque num artigo do New York Times.
O jornal norte americano escreve que, por forma a limitar a disseminação da Covid-19, as viagens de fora da União Europeia foram praticamente suspensas no ano passado, com exceção de alguns países que atendiam a critérios específicos, como a baixa taxa de infecção e a capacidade de resposta à Covid-19. Até dia 16, a lista continha um número relativamente pequeno de países, incluindo a Austrália, o Japão e a Coreia do Sul, no entanto, há agora mais países a entrar na lista, nomeadamente a Albânia, o Líbano, a Macedônia do Norte e a Sérvia.
Alguns países fortemente dependentes do turismo, como a Espanha e a Grécia, já reabriram portas a viajantes externos. A Alemanha também suspendeu algumas restrições este mês, e anunciou que removeria o “alerta de perigo” de viagem para locais com baixas taxas de infecção a partir de 1 de julho.
A Comissão Europeia recomendou no mês passado que todos os viajantes que foram totalmente vacinados com vacinas aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos ou pela Organização Mundial de Saúde, deveriam ser autorizados a entrar sem restrições na UE.
Certificado digital Covid
O New York Times lembra ainda que a flexibilização das medidas de viagem foi apenas possível devido ao ritmo acelerado de vacinação nos Estados Unidos e pela aceleração da campanha de inoculação na Europa, tendo sido também impulsionada pelas conversas entre as autoridades sobre como tornar aceitáveis os certificados das vacinas como prova de imunidade.
A União Europeia encontra-se na fase de finalização de um sistema de Certificados digitais Covid, que deve entrar em vigor em a 1 de julho. Quinze países membros já começaram a emitir e aceitar o certificado. O documento tem registado se as pessoas foram totalmente vacinadas contra o vírus, se recuperaram da Covid-19 ou se o teste foi negativo nas últimas 72 horas. A ideia é permitir que aqueles que atendam a um dos três critérios possam viajar livremente pelos 27 países membros do bloco.
De acordo com o New York Times, a Comissão Europeia afirmou que os viajantes vindos de fora da União Europeia teriam a oportunidade de obter um certificado Covid de um país membro da UE. Isto facilitaria as viagens entre diferentes países dentro do bloco, mas não seria necessário para entrar na União Europeia.