A GEA Portugal passou a integrar 40% do capital social da GEA Brasil, enquanto o restante é dividido entre a GEA LATAM (40%) e a Interamerican (20%). A apresentação dos planos comerciais para a GEA Brasil foi feita durante uma conferência conjunta, realizada à margem da 20ª convenção da GEA Portugal.
O principal objetivo da GEA Portugal para a GEA Brasil é desenvolver um plano de investimento que permita alcançar cerca de 1.000 agências no Brasil nos próximos dois anos, consolidando assim uma presença significativa no mercado brasileiro.
Carlos Baptista, administrador da GEA Portugal, começou por explicar que a GEA Brasil nasceu em 2021, fruto de uma associação entre a Interamerican, sócia do Brasil, e a GEA LATAM, reprentada por Marcelo Capdevila.
“Fomos convidados a entrar neste projeto, após negociações e aproximações entre as partes, e em 2024 a GEA Portugal incorpora a GEA Brasil. Trata-se de um projeto que cresceu e já conta com cerca de 250 associados no Brasil, o que, embora relevante, ainda é modesto para a dimensão do mercado brasileiro. Estamos a preparar a estratégia para os próximos anos, com foco a curto prazo, nos próximos dois anos, para que possamos desenvolver um plano de investimento que nos permita alcançar cerca de 1.000 agências no Brasil. Este é o nosso objetivo enquanto sócios.”
Por sua vez Ricardo Roman, COO da Interamerican, e que esteve presente na conferêncoa, acrescentou: “A Interamerican é uma empresa de turismo com mais de 40 anos de experiência, operando no Brasil e na Argentina, e especializada em marketing e Relações Públcias. Este negócio alinha-se perfeitamente à nossa especialidade de atuar no B2B. É com muito prazer que estamos a fazer esse investimento na GEA Brasil, aproveitando toda a expertise dos nossos sócios internacionais.”
A convenção da GEA Portugal contou com uma comitiva de 10 agentes de viagens da GEA Brasil , juntamente com representantes da GEA Brasil, incluindo a diretora comercial Cláudia Bagna.
Carlos Baptista destacou: “Para nós, essa comitiva de 10 agentes é fundamental, pois marca o primeiro contato com a GEA Portugal e permite que percebam o potencial de evolução. É importante que eles vejam que a GEA Portugal, com seus mais de 20 anos de história, já está consolidada e em diferentes fases da cadeia de valor. A GEA Brasil, por outro lado, é um projeto recente que ainda está em construção, criando valor e uma dinâmica de rede para crescer. Estamos muito satisfeitos com a presença deles e temos a certeza de que esses 10 agentes serão embaixadores da GEA Brasil.”
Para Cláudia Bagna, a GEA “trouxe um modelo de negócio diferenciado para o Brasil. A estrutura que encontrei aqui em Portugal e que existe na Argentina não existe no Brasil. Por isso, estamos num processo de implementação, ajudando as agências a entenderem qual é a proposta da GEA. Este grupo já pode perceber a dimensão do que estamos construindo e até onde podemos chegar. Isso mostra que temos um futuro promissor e muito trabalho pela frente, mas com o apoio do Carlos, da sua agilidade e estrutura, e do Marcelo, tenho confiança de que seremos um sucesso.”
Em relação ao retorno esperado do negócio, Carlos Baptista afirmou: “O primeiro objetivo é alcançar o breakeven em dois anos. Estamos, portanto, numa fase de investimento. É claro que há um retorno indireto associado à nossa presença no Brasil, um mercado de grande dimensão. Frequentemente, dizemos em Portugal que somos os maiores, mas em um mercado pequeno. Isso torna o crescimento desafiador. Por isso, o movimento para mercados internacionais, como a GEA Brasil, é parte de nossa estratégia de expansão.”
Carlos Baptista vê semelhanças entre os mercados brasileiro e português e acredita no potencial de sinergias: “É um mercado muito fragmentado, com muitas pequenas agências.
O número de pequenas agências é ainda maior do que em Portugal, o que demonstra um grande potencial de crescimento. Vamos transportar parao Brasil a filosofia da GEA Portugal, não necessariamente as ferramentas. No Brasil, estamos focados no primeiro pilar: a comercialização. Paralelamente, pensamos nos outros pilares, mas precisamos primeiro consolidar a base comercial, que é o que agrega mais valor nesta fase inicial. A GEA Brasil tem que criar sua própria identidade, podendo aproveitar o impulso dos modelos existentes em outros países, mas desenvolvendo sua própria forma de operar, com ou sem as ferramentas que usamos em Portugal.”
Sobre a expansão da rede no Brasil, Cláudia Bagna comentou: “A expansão começa em São Paulo, onde já estamos localizados. Isso facilita a participação em eventos e feiras, o que nos ajuda a alcançar outros estados. O plano é começar com o que está ao nosso alcance e seguir para estados estratégicos.”
Carlos Baptista acrescentou: “São Paulo é uma base estratégica, mas há outra questão importante: as agências nos grandes centros têm mais apoio e acesso à informação. Isso cria uma oportunidade nos mercados periféricos, onde podemos agregar valor. A estratégia será equilibrada, sem tentar estar em todos os lugares.”
Ricardo Roman completou: “São Paulo representa 50% da emissão de turistas para os estados de São Paulo. A estratégia é expandir para outros estados à medida que a empresa cresce.”
A organização do conselho de administração é composta por Danielle Roman (Interamerican), Carlos Baptista (presidente da GEA Portugal), Marcelo Capdevila (CEO da GEA Latam).