O grupo ambientalista Greenpeace exortou a União Europeia (UE) a proibir os voos de curto curso em rotas onde uma viagem de comboio inferior a seis horas esteja disponível. Esta é uma forma do grupo pressionar os governos europeus a adoptarem medidas mais ousadas para evitar desastres climáticos.
Mais de um terço das 150 rotas de curta distância mais movimentadas da UE tem uma alternativa ferroviária viável com tempos de viagem aceitáveis, como Paris-Amesterdão, Madrid-Barcelona ou Munique-Berlim, de acordo com pesquisa publicada esta última quarta-feira, poucos dias antes da cimeira do clima COP26, na Escócia.
A Greenpeace está a apelar a mais investimentos governamentais na ferrovia, de forma a torná-la mais competitiva e de reativar rotas abandonadas, além da promoção de comboios noturnos. “Reduzir o tráfego aéreo é essencial para fazer diminuições rápidas nas emissões de dióxido de carbono”, disse o grupo.
O fim de políticas que reduzem o preço das passagens aéreas, para ajudar a colocar as viagens de comboio em pé de igualdade de preços, assim como dos monopólios em muitos serviços ferroviários – incluindo aqueles administrados por governos – são fatores que a Greenpeace apontam como prejudiciais para a competitividade das viagens de comboio.