Sábado, Março 22, 2025
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Grupo IAG quer alcançar participação maioritária na TAP ao longo do tempo

O grupo IAG está interessado numa participação maioritária na TAP ao longo do tempo, dependendo  das condições impostas pelo Estado caso avance para a compra. Este interesse já foi expresso ao Governo português.

“Ao longo do tempo, gostaríamos de ter um caminho para uma [posição] maioritária, porque daria possibilidade ao negócio para crescer sem o investimento de outros acionistas”, disse Jonathan Sullivan, administrador do IAG, num encontro com jornalistas portugueses, em Dublin, na Irlanda, de acordo com a agência Lusa.

Neste momento, o grupo IAG, que possui oito companhias aéreas, incluindo a Ibéria e a British Airways, encontra-se à espera de conhecer as condições para o negócio. “Não sabemos se vamos participar ou não, depende das condições”, realçou Jonathan Sullivan.

Recentemente, o Governo português reuniu-se com os interessados na aquisição da companhia aérea portuguesa, no âmbito do processo de reprivatização. Segundo disse o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, em entrevista ao Público, a reprivatização iria acelerar após a aprovação do Orçamento do Estado, no final de novembro, sendo que existe consenso sobre a privatização, mas não sobre a percentagem a vender.

Jonathan Sullivan considera que o negócio da TAP é interessante por “muitas razões”, nomeadamente o hub, que acredita ser “um ativo tremendo”, e a conectividade com a América Latina e com a América do Norte, que seria “um bom complemento” à operação das companhias que compõem o grupo IAG, como a Aer Lingus.

“[Se comprarmos,] queremos que a TAP se mantenha orgulhosamente portuguesa”, sublinhou o administrador. 

Questionado sobre as preocupações relativamente ao fim do hub da TAP em Lisboa, devido à proximidade com o da Ibéria em Madrid, Sullivan garantiu que o interesse do grupo seria desenvolver os dois hubs. “Ter hubs que são, de alguma forma, próximos, é muito positivo, […] porque os passageiros beneficiam”, acrescentou.

Quanto às diferenças relativamente aos seus potenciais concorrentes no negócio, Jonathan Sullivan destacou que o IAG tem a vantagem de as suas companhias aéreas fazerem o planeamento da sua operação de forma totalmente independente umas das outras, uma vez que o processo de tomada de decisões é descentralizado, apenas “subindo” ao grupo quando estão em causa investimentos avultados, como a compra de aviões, por exemplo.

Relativamente aos constrangimentos no aeroporto de Lisboa, o responsável desvalorizou o assunto: “Heathrow está limitado há anos e a British Airways encontrou forma de crescer, podemos encontrar maneiras de crescer mesmo num aeroporto que está lotado, estamos confiantes que a TAP, mesmo na Portela, pode encontrar uma forma de crescer”.

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