Quarta-feira, Abril 30, 2025
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Lucro da TAP em 2024 cai 69,7%, mas ainda é positivo com 53,7M€

A TAP obteve um lucro de 53,7 milhões de euros em 2024, o que representa uma queda de 69,7% em relação ao ano anterior, quando o lucro foi de 177,3 milhões de euros. Este declínio foi impactado por provisões laborais extraordinárias e perdas cambiais, conforme anunciado esta quarta-feira pela companhia.

Apesar da queda, em comunicado, a companhia aérea destaca este é o terceiro ano consecutivo de resultados positivos. Além disso, comparando com 2019, o último ano antes da pandemia, os resultados apresentaram um crescimento de 149,4 milhões de euros.

O presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, comentou na mesma nota que os resultados “foram conseguidos num ano muito desafiante, marcado por um aumento relevante da concorrência nos principais mercados da transportadora aérea, fortes desvalorizações cambiais, desafios operacionais, nomeadamente no controlo de tráfego aéreo e eventos meteorológicos adversos, e constrangimentos estruturais, como o limite de aeronaves”.

No último trimestre de 2024, o resultado líquido foi negativo em 64,5 milhões de euros, uma queda de 38,3 milhões ou 145,8% em relação ao mesmo período de 2023, quando o resultado foi de -26,2 milhões de euros.

As receitas operacionais da TAP atingiram um recorde histórico de 4.242,4 milhões de euros em 2024, representando um aumento de 0,7% em relação a 2023 e um crescimento de 28,6% comparado a 2019.

A TAP transportou 16,1 milhões de passageiros no ano passado, o que representa um aumento de 1,6% em relação a 2023. No entanto, a companhia operou 1,5% menos voos, com ambos os indicadores abaixo dos níveis de 2019.

A empresa destacou ainda o “forte desempenho do segmento de manutenção”, que cresceu 44,6%, com ênfase na atividade da oficina de motores, contribuindo para o aumento das receitas.

Os custos operacionais recorrentes aumentaram 0,8% em termos homólogos, totalizando 3.859,8 milhões de euros em 2024.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente foi de 875,3 milhões de euros, com uma margem de 20,6%, o que representa um crescimento de 3,7 milhões ou 0,4% em comparação com 2023.

Os resultados antes de juros e impostos (EBIT) recorrentes totalizaram 382,7 milhões de euros, com uma margem de 9%, apresentando uma queda de 3,2 milhões ou 0,8%. A companhia explicou que essa diminuição reflete “um nível de rentabilidade consolidado, em linha com 2023, acomodando com sucesso os novos Acordos de Empresa e o aumento dos custos com pessoal.”

No final de 2024, a TAP apresentava uma posição de liquidez robusta de 651,6 milhões de euros, excluindo a terceira tranche de capital de 343 milhões de euros, realizada pelo Estado em 17 de janeiro de 2025.

Luís Rodrigues também ressaltou o “aumento significativo” no índice de satisfação do cliente, reconhecendo o “contínuo aumento da pontualidade e regularidade” das operações da companhia.

O presidente da TAP alertou que 2025 será igualmente “desafiante”, mas será o último ano do plano de reestruturação da empresa.

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