A cidade de Milão, em Itália, prepara-se para proibir o consumo de pizzas e gelados, a partir de maio deste ano e até meados de novembro, com o objetivo de reduzir o número de turistas na região. A medida aplica-se nos dias úteis, a partir das 00h30, e aos fins-de-semana e feriados, a partir da 1h30. Haverá ainda uma imposição de novas horas de fecho para os espaços exteriores de restaurante e bares.
A regra faz parte de uma nova proposta do governo da cidade, que visa reduzir o número de turistas e festas noturnas na região. “O objetivo é encontrar um equilíbrio entre a socialização e o entretenimento, juntamente com a paz e tranquilidade dos moradores”, explica Marco Granelli, vice-presidente da Câmara Municipal da cidade.
Contudo, as reações dos habitantes locais têm sido mistas, com alguns a argumentar que a regra pode resultar em menos negócio para os proprietários de estabelecimentos e lojas.
Esta medida surge na sequência do excesso de turismo que a Europa tem vivido nos últimos anos. Como exemplo desta preocupação, o verão de 2023 registou um novo recorde para o turismo grego, com 16,9 milhões de chegadas durante a época alta.
Além disso, recorde-se que Amesterdão anunciou que reforçará a política de redução do número de hotéis no destino, recusando a entrada de novos estabelecimentos, com o objetivo de “manter a cidade habitável para residentes e visitantes”.
Por último, Veneza introduziu, na passada quinta-feira, uma taxa diária a todos os seus visitantes, com o objetivo de combater o turismo em massa na cidade. Em causa está um imposto ‘online’ de cinco euros, aplicável aos turistas que se desloquem por apenas um dia à cidade.
A taxa vai abranger apenas um máximo de 30 dias em que o número de dias é tradicionalmente superior, como fins-de-semana com pontes na primavera e no verão.