Agora que estamos a chegar ao fim de 2021, quisemos saber que balanço fazem os profissionais de turismo do ano que termina. Saiba o que elegeram como o melhor e o pior de 2021 e os seus desejos para 2022.
O melhor de 2021
“Depois do que passámos em 2020, sem dúvida alguma que o melhor de 2021 foi a reabertura do mercado turístico, apesar das diversas oscilações que ainda hoje continuamos a viver. Parece-me também, que o regresso ao trabalho regular, mesmo que intermitente, seja um dos pontos positivos de 2021. Importante voltar a ter as equipas juntas e em atividade. Apesar de muito limitativo e regulamentado, em 2021 já conseguimos viajar e as empresas e equipas de trabalho habituarem-se a lidar com as novas realidades do sector. Por fim, 2021 trouxe-nos a vacina e a organização protocolar em que vivemos hoje, mas que permite o sector do turismo funcionar”, Francisco Teixeira, CEO da Melair Cruzeiros
“A confiança e vontade de viajar dos portugueses, que quando reforçada e potenciada pelo sucesso do plano de vacinação em Portugal, nos permitiu ter bons resultados no Verão de 2021. Apesar de existirem destinos charter Soltrópico que não conseguimos reativar, como o caso de Saidia, o reforço das operações para destinos como o Sal, Porto Santo e a aposta charter exclusivo Soltrópico para o Réveillon na Madeira foram e são ótimos indicadores positivos”, Gonçalo Palma, diretor geral Soltrópico
“Em Portugal o sector do turismo é uma das mais importantes atividades económicas, geradora de emprego e riqueza. Mesmo nas adversidades temos a obrigação de «procurar» e destacar os aspetos positivos. Ao longo do ano fomos notícia pelo sucesso do programa de vacinação, que permitiu aliviar restrições, deslocações e colocou Portugal como um dos países preferidos pelos turistas para as férias de Verão de 2021. No final do ano ficámos a saber que nos World Travel Awards Europe em 2021 o Algarve foi eleito o melhor destino de praia na Europa, a Madeira o melhor destino insular e os Açores o melhor destino de aventura. Mas não podemos deixar de referir que, embora insuficientes, os apoios do Turismo de Portugal ajudaram muitas agências de viagens. «Resistir» teve mais força que «Desistir»”, Paulo Lages, diretor da DIT Portugal
“Foi um 2021 com imensos desafios para o setor, o que fez com o que os stakeholders tivessem a necessidade de se reposicionar e reinventar, demostrando que de facto de perante as adversidades, a resiliência o empenho e a criatividade das soluções encontradas proporcionaram novas oportunidades que permitiram o resultado alcançado, pois para muitos foi um ano muito positivo”, José Carlos Viseu, Executive Manager da In Sure Broker
O pior de 2021
“Aceitando a realidade como ela é, o pior de 2021 foi toda a intermitência da atividade turística, muito devido às restrições regulares e necessárias de circulação de pessoas, que não ajudaram em nada o bom desenrolar das estratégias de marketing e comerciais das empresas. Em consequências, o sector teve de reiniciara atividade várias vezes, com toda a consequência que isso acarreta”, Francisco Teixeira, CEO da Melair Cruzeiros
“A evolução de pandemia que, infelizmente, é feita de recuos e avanços, que cria a oferta turística mais reduzida e limitada. O ano ficou marcado com níveis diferentes de controlo de fronteiras, as variações nos certificados de vacinas, que em alguns destinos dificultaram as vendas”, Gonçalo Palma, diretor geral Soltrópico
“O Turismo está sempre dependente de ventos favoráveis. A pandemia, aliada à instabilidade política em Portugal, invalidou uma recuperação mais sustentada e concertada. As listas vermelhas nos diversos países, as constantes alterações às regras sanitárias e a falta de confiança para os clientes viajarem, contribuíram para uma difícil gestão financeira por parte das empresas do turismo. A gestão das moratórias também provocaram situações menos positivas”, Paulo Lages, diretor da DIT Portugal
“A falta de liberdade para poder ir mais além, fruto das restrições e da impossibilidade de planeamento fizeram com que fosse um ano muito desgastante”, José Carlos Viseu, Executive Manager da In Sure Broker
Desejos para 2022
Que possamos ter um ano sem intermitência na saúde, e em consequência nas restrições de circulação, que permita às pessoas ganharem confiança para voltar a viajar, e planearem com alguma segurança as suas próximas férias, Francisco Teixeira, CEO da Melair Cruzeiros.
“Um só é difícil. Diria flexibilidade, que terá de ser o mote principal e transversal a toda a cadeira de distribuição, que deve criar sinergias entre si e, por consequência, uma oferta competitiva. E diálogo, urgente e vital, pois voltamos a atravessar um momento crítico para a sobrevivência do sector, é necessário um plano de apoios que respondam às necessidades das empresas do Turismo”, Gonçalo Palma, diretor geral Soltrópico
“Vamos deixar não um mas três desejos. Duas evidências: o fim da pandemia e a retoma das viagens por todo o Mundo. Em terceiro lugar que o sector do Turismo não seja esquecido pelos responsáveis do PRR-Plano de Recuperação e Resiliência, nos apoios e nos programas de investimento e desenvolvimento, para que o Turismo continue a ser considerado um dos grandes pilares da sustentabilidade da economia portuguesa”, Paulo Lages, diretor da DIT Portugal
“Que nos seja devolvida a liberdade com que sonhamos”, José Carlos Viseu, Executive Manager da In Sure Broker





