Pedro Reis, ministro da Economia, apontou os desafios que o setor do turismo está a enfrentar atualmente, entre eles uma resposta adequada à massificação do turismo. “O tema da massificação já aí está, o desafio é como o gerimos. Estamos na fase da reação, em função da maneira como o setor o souber comunicar, ditará se passamos à rejeição ou à normalização, é um desafio para os próximos meses”, defendeu o ministro, enquanto discursava na VII Cimeira do Turismo Portugal, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), sob o tema “Turismo é Valor”.
“O turismo é certamente um ativo enorme da economia portuguesa, podendo afirmar com naturalidade que está entre os melhores setores a nível mundial”, começou por dizer Pedro Reis, indicando, de seguida, os desafios que o setor enfrenta.
A qualificação e requalificação da oferta foram as primeiras barreiras apontadas pelo executivo. O mesmo acredita que para amenizar a sazonalidade e diminuir a centralização é necessária uma qualificação da oferta.
Como segundo desafio, encontra-se a construção de destinos. “Para este ponto, creio que existem dois eixos fundamentais: a construção de destinos em termos de origem e em termos finais. Não é possível construir uma política de qualificação e de diversificação sem o aumento das ligações aéreas, por exemplo”.
Além disso, considerou que é necessário apostar mais no ensino e na formação desta área, de forma a gerar mais valor.
O desafio seguinte passa pela criação de uma plataforma de eventos a nível internacional: “Já temos infraestruturas, já temos competências, no entanto, precisamos de continuar a desenvolver recursos para tal”.
Como últimos desafios, o responsável sublinhou a questão da sustentabilidade, nomeadamente o tema da água, a transição digital e a cultura.
Durante o seu discurso, Pedro Reis destacou ainda as cinco razões que fazem do turismo um setor fundamental para o país. Além de realçar as vantagens diferenciadoras e competitivas que traz para a economia e para o país, reforçou a facilidade que o turismo tem em desmultiplicar-se em segmentos e em crescer virtuosamente em cadeia económica.
“A terceira razão é a facilidade com que o setor tem em atrair talento. A produtividade é uma condição, a inovação é um acelerador, mas o talento é um recurso escasso nos dias de hoje, contudo, o turismo cria, gera e atrai talento”.
O último aspeto é o impacto transversal que o turismo tem. De acordo com o executivo, o turismo faz a ponte entre o nacional e internacional, gerando valor para a economia.