Nuno Fazenda destacou o “excelente desempenho” do setor turístico em Portugal nos últimos sete meses, classificando-os como os melhores da história do turismo no país.
O Secretário de Estado falou durante a Conferência da Confederação do Turismo de Portugal, que se realizou na quarta-feira, 27 de setembro, durante o painel intitulado “Algarve e o Futuro do Turismo”, que também contou com a participação do Presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Hélder Martins, entre outros intervenientes.
“Nestes sete meses, crescemos em todas as regiões do país. A OMT previa que entre 85/90% do turismo mundial seria recuperado, mas Portugal já superou essas previsões internacionais. Já temos mais 10% de dormidas face a 2019 e mais 39% de receitas turísticas face ao ano pré-pandemia”, afirmou, sublinhando que “o desempenho excecional do turismo português deve-se às empresas do turismo e aos seus trabalhadores, às instituições e também a políticas públicas que favoreceram o turismo.”
No entanto, apesar destes indicadores de crescimento, Nuno Fazenda salienta que o setor “continua a ter desafios”, que passam pela valorização do território, das sustentabilidades dos seus recursos, e pela força e competitividade das empresas. Nesse domínio, o responsável afirma que “há uma prioridade absoluta do Governo no que diz respeito ao apoio às empresas, e no âmbito do Portugal2020 para o PRR 2030, há um aumento de 90% nos apoios às empresas”, frisou.
O responsável pela pasta do Turismo também destacou os esforços do Turismo de Portugal em agilizar a disponibilização de investimentos e apoios às empresas, citando exemplos de mobilização de fundos que beneficiaram empresas do setor. “Agora estamos a reforçar com a Linha da Sustentabilidade, com 50 milhões de euros, que é uma linha inovadora”, afirmou.
Hélder Martins, por sua vez, enfatizou a necessidade de apoios no setor, observando que, embora o Turismo de Portugal seja ágil na concessão de apoios, a aprovação e a concretização desses apoios podem ser demoradas. “O setor precisa de apoios, tem apoios à tesouraria, tem apoios ao investimento, o problema é que esses apoios são muito rápidos no Turismo de Portugal, mas depois são difíceis na aprovação e na concretização.”
Questionado sobre como Portugal pode ganhar competitividade, Nuno Fazenda enfatizou a importância da valorização dos territórios, das empresas e do reforço das qualificações. O responsável afirmou que é crucial estender o turismo “ao longo de todo o ano e por todo o território”. Além disso, mencionou o compromisso do Governo em investir no interior do país, com a Agenda para o Interior, com um aporte de 200 milhões de euros.
Além disso, o Secretário de Estado mencionou o esforço do Governo em aumentar os recursos financeiros para promover todas as regiões do país, tanto interna quanto externamente.
Por último, Nuno Fazenda destacou a importância de atrair e qualificar os recursos humanos e trabalhar na melhoria dos salários. Inquirido sobre se o Governo prevê reduzir a carga fiscal das empresas, o responsável indicou que têm sido disponibilizados, no contexto dos Fundos Europeus e do PRR, “instrumentos de financiamento e incentivos financeiros de apoio à contratação”.