Hoje trocamos o movimento e agitação da cidade de Tóquio pela serenidade da natureza, em Hakone. É aqui que iremos vislumbrar o Monte Fuji, a montanha mais alta do Japão, com 3.776 metros de altura. Será que vamos conseguir vê-lo?
Começamos por apanhar o nosso autocarro privativo, que nos levará até a um ponto com vista privilegiada para aquele que é um dos 111 vulcões ativos no país. Após cerca de uma hora e meia de viagem, começamos a entrar no Parque Nacional de Hakone, que nos brinda com uma paisagem de rara beleza, rodeada por montanhas.
Pela estrada, e quase a chegar ao Lago Ashi, local que dispõe de uma das melhores vistas para a montanha, Koba avisa que, por norma, a partir daquele ponto já seria possível avistar o Monte Fuji. Contudo, não era o caso. Sempre otimista e bem-disposta, a nossa guia sugere: “O melhor será soprar ao vento para afastar as nuvens!”. E assim o fizemos, quase que numa só voz, sopramos com toda a força, esperando que seja suficiente!
Na chegada ao lago, embarcamos rapidamente para vislumbrar a grandiosa montanha. E quando o céu assim o permitiu, o Monte Fuji surge ao fundo, como se estivesse a vigiar silenciosamente a paisagem. Tivemos a sorte de avistar a montanha icónica, mas, em poucos minutos, esta desapareceu por entre as nuvens. Apesar da imprevisibilidade do tempo, a beleza do lago é garantida e faz deste local uma paragem obrigatória para quem visita o Japão.
Após chegarmos a bom porto, seguimos para o Vale Owakudani, uma área conhecida pelos seus geysers. O cenário aqui contrasta completamente com a vasta, diversa e colorida vegetação até então, não deixando de ser igualmente entusiasmante. A paisagem em tons acinzentados, com vapores a emergirem constantemente das fendas do solo, cria um ambiente quase surreal. No horizonte, o Monte Fuji continua a querer espreitar, mas permanece oculto pelas nuvens, revelando, apenas, o seu cume.
Foi neste vale que tivemos a oportunidade de provar os famosos ovos pretos, mas não se preocupem que não estão estragados, bem pelo contrário! Tratam-se de ovos cozidos nas águas termais e, posteriormente, em banho-maria. A cor preta da casca deve-se a uma reação química entre o ácido, presente nas águas termais, e o cálcio na casca do ovo. Reza a lenda que cada ovo consumido prolonga a vida em sete anos. Do nosso lado, não podíamos deixar de experimentar este “elixir da vida”.
Terminamos a manhã no Museu ao Ar Livre de Hakone, inaugurado em 1969, um espaço a céu aberto que reúne obras de arte impressionantes integradas na paisagem envolvente. O museu tem uma particularidade que o distingue: uma série de instalações artísticas interativas, pensadas para as crianças se divertirem enquanto exploram as obras, como o banco de ovo estrelado, o jardim das estrelas e a rede de madeira. O museu conta, ainda, com o Pavilhão Picasso, uma coleção dedicada ao famoso artista considerado o pai do cubismo.
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Hakone mostrou-nos que o Japão é um país profundamente ligado à natureza, valorizando-a em todos os sentidos – seja cultural, espiritual ou histórico. Regressamos a Tóquio com as energias recarregadas, prontos para mais um dia de aventura e descoberta.
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Este artigo faz parte de uma série exclusiva criada no âmbito de um circuito ao Japão, promovido pela Smytravel, Airmet e Turkish Airlines, que se juntaram para dar a conhecer a modernidade e tradição da cultura japonesa, através dos seus serviços de excelência.
Curiosidade Japonesa do Dia:
Reza a lenda que … no século VIII, um monge budista descobriu o Lago Ashi, onde, habitava um dragão de nove cabeças que aterrorizava a população local. Segundo o conto popular, o monge enfrentou o dragão e conseguiu acalmá-lo, afundando no lago e tornando-o num protetor da região. Em homenagem a este feito, foi construído o Santuário Hakone-jinja, com o icónico portão torii vermelho à beira do lago, que simboliza a paz e a proteção do dragão.
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