É com otimismo moderado que o grupo Vila Galé olha para o ano que agora se inicia. Depois de um 2022 surpreendente, pela rápida recuperação que se verificou, e que levou o grupo Vila Galé a crescer 18% em receitas, 2023 é um ano de estabilização.
Na apresentação esta quarta-feira, 11, dos resultados do grupo em 2022, Gonçalo Rebelo de Almeida traçou um cenário para 2023 “mais ou menos em linha com o anterior”. O administrador não tem dúvidas que o primeiro trimestre será melhor que o de 2022, mas admite que a seguir “possa haver um impacto tardio do poder de compra, sobretudo em Portugal, devido às subidas das taxas de juro”. Por outro lado, diz, “não deixámos de ter um problema grave que é a guerra”. As taxas de juro, a inflação, a guerra e “mais uma surpresa que possa surgir” levam o gestor a afirmar que não “acredita num grande crescimento” mas numa estabilização do mercado. “Estamos otimistas, mas não eufóricos”.
Olhando para os mercados, Gonçalo Rebelo de Almeida defende que o Brasil e o mercado americano ainda têm margem para crescer, em contraponto com o mercado nacional.
Já relativamente ao mercado inglês, o gestor não demonstra grande preocupação, porque a libra “continua relativamente estável” e até nota que o crescimento deste mercado esteve relacionado com o golfe. “ Setembro e outubro foram os melhores sempre no Algarve”.