Sábado, Março 22, 2025
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Receitas totais da PHC Hotels disparam 60% em 2024 graças ao Convent Square Lisbon

A PHC Hotels registou um “ano muito positivo” em 2024, com um crescimento de 60% das receitas totais, motivado pela introdução do Convent Square Lisbon no portfólio do grupo, disse à imprensa Miguel Andrade, diretor geral de Operações, esta terça-feira, dia 11.

Durante a apresentação oficial da primeira fase de renovação do Hotel Mundial, que decorreu esta terça-feira, Miguel Andrade, diretor geral de Operações da PHC Hotels, indicou que 2024 foi “um ano bastante bom” a nível global.

“Muito pela introdução do Convent Square Lisbon no nosso portfólio e por termos o seu primeiro ano de faturação, conseguimos aumentar as receitas totais do grupo em cerca de 60%. Com isso, também aumentámos o GOP [resultado operacional bruto] em cerca de 30% se compararmos com o ano de 2023”, disse o responsável aos jornalistas.

O ano de 2024 ficou também marcado pelo início da obra de requalificação do Hotel Mundial, tendo cumprido o objetivo de executar a renovação sem fechar as portas do hotel. “Conseguimos cumprir os objetivos orçamentais. Fizemos espaços temporários, alterámos circuitos e conseguimos que o cliente não sentisse que o hotel estivesse em obra, por isso não nos penalizou nas vendas”, afirmou Miguel Andrade.

No ano passado, o Hotel Mundial registou uma taxa de ocupação de 83% e um preço médio anual de 146 euros, “o que é relevante se pensarmos que viemos de uma realidade em que, em 2021-2022, tínhamos cerca de 96€ de preço médio”, indicou.

O Convent Square Lisbon, que teve os seus primeiros 12 meses de funcionamento em 2024, atingiu uma ocupação de ocupação de 80% e preço médio de 248€, “o que, para um 4 estrelas, é um belíssimo posicionamento e estamos muito satisfeitos com o negócio que tem vindo a atrair”, disse o diretor geral de Operações.

De acordo com Miguel Andrade, o Convent Square Lisbon encontra-se também em segundo lugar “a nível de qualidade, na área da Europa, Middle East e África, dentro do universo da Intercontinental”.

A par do Hotel Mundial, também o Convent Square Lisbon foi objeto de renovação em 2024, com a conversão de quatro quartos em suites. “Entendemos que o cliente procura espaço e estávamos curtos em suítes. Neste momento, temos cinco suites em funcionamento, num inventário total de 117 chaves no Convent Square”, indicou.

Já o My Suite Lisbon, que registou uma ocupação de 75% e um preço médio anual de 152 euros, é “um dos ativos que precisamos de repensar aquilo que vamos fazer”, disse Miguel Andrade. “Temos vindo a melhorar a proposta de serviço, nomeadamente a receção aberta até à meia-noite, a possibilidade de pequeno-almoço e a limpeza diária, mas temos que melhorar a nossa proposta de valor”.

Por fim, o Portugal Boutique Hotel foi a unidade com a ocupação hoteleira mais elevada do grupo, fixando-se nos 88%, e registou um preço médio anual de 172 euros no ano passado.

PHC Hotels vai “crescer em preço em todas as unidades” em 2025

Questionado sobre os principais mercados da PHC, Miguel Andrade apontou que “os Estados Unidos têm vindo a ter predominância em todos os nossos hotéis”, sendo que o Convent Square Lisbon é a unidade onde esta tendência é mais notável. Seguem-se os “mercados tradicionais para Portugal”, como Reino Unido, Alemanha e França.

Em particular, o Hotel Mundial é “uma referência para o mercado nacional”, representando 15% dos hóspedes que pernoitam na unidade. “Trabalhamos muito com empresários locais de Lisboa e queremos continuar a ser um produto procurado pelo mercado nacional. Norte de Portugal, ilhas e Algarve, continua a ser muito forte”, disse o responsável, acrescentando que este resultado é “menos expressivo” nos outros hotéis do grupo.

Quanto a oportunidades de negócio, Miguel Andrade avançou que a PHC se encontra numa “negociação muito avançada com uma marca” que será anunciada “muito brevemente”. Segundo o responsável, “toda a proposta de valor que está visível no Hotel Mundial já está alinhada com esta marca”.

Para 2025, a PHC Hotels vai “crescer em preço em todas as unidades, mas vamos ficar em linha com as receitas totais”, adiantou o diretor geral de Operações.

“O facto de entrarmos em obras no Hotel Mundial vai tirar-nos inventário, portanto, vamos diminuir as receitas. Vamos ter quartos fora de serviço, o que significa menos vendas. Vamos crescer cerca de 11% no Convent Square, vamos crescer cerca de 5% no Hotel Portugal, vamos crescer cerca de 5% também no MySuite Lisbon – muito por preço, não por quantidade”, revelou.

Formação e melhoria da proposta de valor para funcionários são apostas para este ano

Miguel Andrade destacou que uma das principais estratégias para este ano passa pela “aposta na qualidade e na formação dos nossos colaboradores”. 

“Aumentámos muitíssimo as nossas horas de formação e, para 2025, é um dos pontos grandes que temos para as nossas equipas”, indicou o responsável, destacando particularmente a aposta no processo formativo da direção da PHC.

“Tivemos pela primeira vez a equipa de liderança da PHC a fazer cursos de formação na Nova SBE. Tivemos cerca de 11 executivos da PHC a fazer semanas de formação, porque acreditamos que a liderança é fundamental para transformar as organizações”, disse Miguel Andrade.

Além disto, a PHC tem vindo, “ano após ano, a ter uma proposta de valor para os nossos colaboradores mais competitiva”, de acordo com Miguel Andrade. “Há três anos fizemos obras no refeitório, melhorámos a qualidade da dieta alimentar, fizemos uma obra profunda dos balneários dos colaboradores e abrimos um ginásio para os colaboradores”.

“Damos a todos os colaboradores um seguro de saúde. Todos os colaboradores estão num programa de incentivos, em que há um prémio anual a ser distribuído se os KPIs de qualidade e os KPIs de financeiros forem atingidos. Hoje em dia, temos salários bastante competitivos. Estamos sempre acima do salário mínimo nacional e agora damos o dia de aniversário a todos os trabalhadores”, acrescentou o responsável.

Para Miguel Andrade, tratam-se de “benefícios na motivação e benefícios na retenção dos colaboradores”. Em 2024, a PHC Hotels registou uma retenção de funcionários de 67%. “Quanto maior for a retenção, menor é o recrutamento e menor é o esforço de formação”, sublinhou.

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