André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, considerou esta terça-feira, dia 18, que a sustentabilidade é uma “prioridade inegociável” na região. O responsável falava na conferência “Turismo do Algarve: Superar Desafios, Construindo o Amanhã”, que celebra os 55 anos da Região de Turismo do Algarve.
“Se há algo que aprendemos ao longo destes 55 anos, é que o turismo é um setor dinâmico, em constante adaptação e, hoje, enfrentamos desafios que exigem respostas concretas e eficazes. A sustentabilidade é uma prioridade inegociável. O setor do turismo tem um papel fundamental na preservação dos recursos naturais e, por esta razão, lançámos o selo de eficiência hídrica Save Water, que já permitiu uma redução de cerca de 12% no consumo de água nos empreendimentos turísticos”, disse André Gomes.
Segundo o responsável, a região encontra-se, atualmente, em processo de alargamento desta certificação ao Alojamento Local, à animação turística, às empresas de rent-a-car e à restauração.
Relativamente ao Plano de Marketing Estratégico do Turismo do Algarve (PMETA 2028), este estabelece “eixos fundamentais” para o futuro do setor, apostando na estruturação de produtos, na valorização da oferta, no reforço da notoriedade e na gestão da imagem do destino.
“Pretendemos que este plano, desenvolvido com o apoio técnico da Universidade do Algarve, seja a base da atuação da região nos próximos anos. Queremos afirmar o território pela qualidade e inovação, pela preservação e valorização dos seus recursos naturais e patrimoniais, e pela criação de benefícios económicos para os residentes”, reiterou André Gomes.
Sobre os resultados de 2024, o responsável lembrou que 2024 foi “um ano de recordes”. No ano passado, a região recebeu, pela primeira vez, um total de 5,2 milhões de turistas, correspondendo a um aumento de 2,6% face a 2023.
Já o aeroporto algarvio recebeu um total de 9,8 milhões de passageiros, um aumento de 2% em relação ao ano anterior. Face a estes resultados, André Gomes acredita que o aeroporto vai atingir, em 2025, a meta dos dez milhões de passageiros.
Este verão, o Aeroporto de Faro contará com 86 rotas para 75 destinos, com uma média de 821 frequências semanais, um crescimento de 8% face ao verão anterior. Pela primeira vez, a região estará ligada a 22 mercados internacionais, incluindo três novos mercados: Estados Unidos, Finlândia e Islândia.
A aposta na conectividade transatlântica ganha um novo impulso com o reforço das ligações à América do Norte (Canadá e EUA) e o primeiro voo direto para Nova Iorque (Newark), operado pela United Airlines, que terá início a 17 de maio. Além desta novidade, serão inauguradas mais duas novas rotas, Helsínquia, com a Finnair, e Reiquiavique, com a Play Airlines.
Para terminar, André Gomes explicou que esta conferência não é apenas um momento de análise e debate, como também uma celebração do caminho percorrido e, sobretudo, um compromisso com o futuro. “Antes da transformação turística, a economia local assentava na agricultura, pesca e indústria conserveira. A partir dos anos 1960/70, com a inauguração do Aeroporto de Faro, em 1965, e a criação do Turismo do Algarve, em 1970, assistimos à chegada dos primeiros empreendimentos turísticos e ao crescimento do mercado internacional.”
Por sua vez, nas décadas de 1980 e 90, assistiu-se à diversificação da oferta, com o reforço do turismo de golfe, do património cultural e da animação turística.
Estas celebrações trazem um diversificado calendário de eventos em 2025, que percorrem os 16 concelhos algarvios, entre 18 de março e 27 de setembro. “Serão promovidos 55 eventos como conferências, atividades culturais, desportivas e enogastronómicas, refletindo a riqueza e diversidade turística do Algarve”, concluiu André Gomes.
