Sábado, Maio 24, 2025
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Resorts em Portugal, Espanha e Grécia na mira dos investidores

A pandemia afetou mas não fez desistir os grandes investidores imobiliários institucionais quanto ao seu interesse na aquisição de hotéis como fonte de rendimento. A recuperação do setor do turismo coloca Espanha e outros países do sul da Europa, como a Grécia e Portugal, no foco dos investidores.

O turismo nos países do arco mediterrâneo está a aumentar à medida que as restrições ao turismo estão a decrescer, de acordo com os dados analisados ​​pela JLL Hotels & Hospitality. Como consequência, os hotéis europeus aumentam a sua atratividade para os investidores do setor.

Em 2019, Espanha, Portugal e Grécia receberam cerca de 177 milhões de turistas, de acordo com o Banco Mundial. Para os três países europeus, o setor das viagens representa um impulso económico fundamental, representando entre 14% e 20% do PIB, segundo dados do World Travel and Tourism Council em 2019.

No verão de 2020, o turismo foi severamente afetado pela incerteza e por restrições às viagens. No entanto, o sucesso das campanhas de vacinação na maioria dos países europeus e o efeito da demanda que havia sido reprimida durante a quarentena, contribuíram para reverter a tendência durante o verão de 2021.

Os investidores mais avessos ao risco, que tradicionalmente evitavam investir em resorts, estão a alterar a sua estratégia para atrair e direcionar fundos especificamente para o setor das férias. O volume de investimento em resorts, entre janeiro e setembro de 2021, em Espanha, Grécia e Portugal foi 17% inferior ao de igual período de 2019 (1.200 milhões de euros em 2021, face a 1.400 milhões de euros em 2019).

Na Grécia, os hoteleiros enfrentaram desafios adicionais, como incêndios florestais que afetaram algumas partes do país. Apesar disto, o país teve uma forte recuperação nas viagens internacionais, com aproximadamente 6,8 milhões de chegadas de passageiros durante os meses de julho e agosto, de acordo com o Hellenic. Contudo, com exceção de algumas ilhas, a demanda total permanece abaixo dos níveis pré-pandêmicos (9 milhões de chegadas), mas mostra claros sinais de recuperação.

No caso português, o turismo na região do Algarve sempre dependeu da procura britânica, que historicamente representa cerca de 25% do total das dormidas na região, segundo o INE. Por este motivo, a decisão do governo do Reino Unido, em 19 de julho de 2021, de permitir aos viajantes virem para Portugal sem passarem pela quarentena, teve um impacto positivo na temporada turística. Embora o início do verão tenha sido marcado pelo predomínio do turismo nacional (2,7 milhões de dormidas em julho de 2021, face a 2,5 milhões em julho de 2019), a ocupação dos hotéis de luxo na região do Algarve recuperou significativamente a partir de agosto de 2021.

Recorde-se que, ainda este ano, a gestora de capitais e investimentos espanhola Azora comprou o hotel de 5 estrelas Vilalara Thalassa Resort, situado no Algarve, a sua terceira aquisição em menos de um mês, depois da compra do Tivoli Vilamoura e do Tivoli Carvoeiro.

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