Para assinalar o 4º aniversário do TNEWS, lançamos uma rubrica especial que reúne vozes do setor do turismo. Convidamos personalidades a refletirem sobre o futuro do turismo em Portugal, respondendo à seguinte questão: “Se tivesse poder sobre o país por uma hora, qual seria a decisão que tomaria para o setor do turismo?”
Por Luís Santos, diretor da Soltour em Portugal
Se tivesse a oportunidade de influenciar o rumo do país durante uma hora, escolheria implementar um conjunto de medidas estratégicas com impacto real no desenvolvimento sustentável do turismo, tanto para quem nos visita como para quem viaja a partir de Portugal.
Em primeiro lugar, daria prioridade à concretização de infraestruturas fundamentais como um novo aeroporto em Lisboa, focado na modernização e na ampliação da capacidade. Esta nova infraestrutura é essencial para melhorar a conectividade internacional, reforçar a atratividade de Portugal enquanto destino turístico e, ao mesmo tempo, reforçar as possibilidades de viagens internacionais para os portugueses, com mais voos diretos e acessíveis.
Simultaneamente, apostaria numa mobilidade interna mais eficiente e sustentável, através do reforço da rede ferroviária com comboios modernos e de alta velocidade. Esta medida aproximaria as várias regiões do país, potenciando o turismo interno e incentivando a descoberta de territórios menos visitados, com todos os benefícios que isso traz para as economias locais.
Outro eixo fundamental passaria pela criação de um quadro fiscal mais competitivo para o setor do turismo, com uma revisão de taxas e impostos – nomeadamente o IVA aplicado à hotelaria – de forma a tornar Portugal mais atrativo enquanto destino e a fortalecer a competitividade das empresas nacionais, tanto no incoming como no outgoing.
Por fim, promoveria acordos bilaterais e multilaterais com mercados estratégicos, facilitando o intercâmbio de turistas e estimulando o crescimento das viagens em ambas as direções. Acredito que o turismo é uma ponte entre culturas e um verdadeiro motor de desenvolvimento económico e social – e deve ser tratado como tal.
Nota de editor
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