“A indústria hoteleira espanhola saiu dos cuidados intensivos e está de rastos, mas teve uma última recaída.” A afirmação é do presidente da Confederação Espanhola de Hotéis e Alojamento Turístico (CEHAT), Jorge Marichal, citado pelo jornal Preferente, e resume a situação de um setor que sofreu um novo e inesperado revés por causa da sexta vaga com números recordes de infeções mas muito menos letais.
Apesar do efeito Ómicron, que causou uma onda de cancelamentos, Marichal está moderadamente otimista, afirmando que “estamos no caminho da recuperação”. “A intenção de viajar duplicou e a reativação está a ocorrer em todos os mercados”, diz.
No âmbito da apresentação do Smart Observatory, relatório realizado conjuntamente pelo CEHAT e PWC, Marichal salientou que “perante a Semana Santa poderemos ter uma situação turística muito mais positiva em Espanha”.
Sobre a Covid-19, afirma que, apesar de “a incidência acumulada estar a disparar, afeta muito menos no número de óbitos”. “Isso nos enche de esperança. Parece que a força do vírus está diminuindo gradualmente e parece que vai se tornar uma doença endêmica”, continua.
Segundo o jornal espanhol, Marichal aproveitou o evento, no qual foi acompanhado por Cayetano Soler, sócio responsável pelo Turismo da PwC, e Ramón Estalella, secretário-geral do CEHAT, para alertar que “não é só a Ómicron que nos afeta”. “Estamos pagando energia quatro vezes mais cara, o que afeta o resultado dos hotéis”, lamenta.