Terça-feira, Fevereiro 18, 2025
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Soltour: Mercado está a responder bem, mas este não “é o melhor ano para fazer experiências”

Luís Santos assumiu recentemente a direção comercial de Espanha e Portugal do grupo Soltour Travel Partners. A nomeação para o cargo surge um ano depois da joint venture celebrada entre a Soltour, operador turístico do Grupo Piñero, com presença em Espanha e Portugal, e a Smytravel, o operador turístico online do grupo turístico espanhol Logitravel Group.

Em declarações ao TNews, Luís Santos explica que terá como missão dar continuidade ao trabalho de afirmação do operador como uma referência no mercado português e espanhol. “A Soltour Travel Partners tem, desde há vários anos, uma trajetória muito estável, fiel aos clientes, mas, obviamente, que o objetivo é sempre melhorar o que está feito. Não vou inventar a roda, porque o posicionamento que a Soltour tem, tanto em Portugal, como em Espanha, significa que alguma coisa de bom temos feito”, afirma.

No que diz respeito à operação para este ano, a Soltour Travel Partners aposta em Portugal nos destinos tradicionais do operador, mantendo uma abordagem cautelosa ao mercado: “A Soltour tem pautado as aberturas de destinos com alguma cautela, tentando entrar para ficar. A linha de pensamento é essa. Não estamos num ano de fazer grandes experiências”, refere Luís Santos. A aposta para este verão recai assim nos destinos-estrela do operador, ou seja, as ilhas espanholas, principalmente as Baleares, onde “temos uma operação bastante forte, tanto para Palma, como para Menorca, com saídas do Porto e de Lisboa”, e operações charters partilhadas para as Caraíbas e Cabo Verde. “Temos também oferta para Saïdia, que é um bom exemplo da nossa estratégia: quando entramos num destino, entramos para ficar. Entrámos em Saïdia há uma serie de anos, consolidámos e o objetivo é manter estas operações”.

Já quanto às vendas e, apesar de “não ser o melhor ano para fazer comparações”, devido às restrições da pandemia que ainda afetam uma franja do mercado e à guerra na Ucrânia, Luís Santos revela-se surpreendido como os resultados: “Surpreendentemente estes dois fatores acabaram por condicionar menos do que esperávamos. No início do conflito, sentiram-se os efeitos, no entanto, tanto em Espanha como em Portugal, temos destinos em determinadas épocas do ano que estão melhores que 2019”.

Na última edição da Bolsa de Turismo de Lisboa, em março deste ano, Tomeu Bennasar, CEO da Soltour Travel Partners, em entrevista ao TNews, estimava que as vendas, este ano, ficassem “apenas 20% abaixo de 2019”. Passados dois meses, o diretor comercial da Soltour mantém as mesmas perspetivas. “Sempre que se notar tanto em Portugal como em Espanha, que existe a possibilidade para um determinado destino, num determinado período, haver um aumento de capacidade, cá estaremos. Ou seja, havendo essa necessidade, faremos os possíveis para conseguirmos ter produto que nos permita chegar aos dados de 2019. Se conseguirmos superar tanto melhor, outra coisa é se o mercado terá suficiente procura para chegar a esses valores”, constata.

Em Espanha, a Soltour Travel Partners fez uma aposta num novo destino: no Egito. “Não posso dizer se está a correr bem ou mal, porque não há comparação, é um novo produto. A verdade é que dentro daquilo que são as nossas expetativas, está a correr muito bem, e aparenta ser uma boa aposta.”

Quanto ao aumento da oferta para destinos para os quais a Soltour opera e questionado sobre a possibilidade de algumas operações não se realizarem, Luís Santos desvaloriza: “Temos que nos ir adaptando. Como em todos os anos, não será uma novidade deste ano. Não foi só a entrada de um novo operador, a TAP também tem uma série de frequências. Temos de esperar para ver. A verdade é que o mercado está a responder bem e as taxas de ocupação de abril foram boas”.

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