A Torre e Igreja dos Clérigos, no Porto, celebraram na passada terça-feira, dia 27, a receção de 7 milhões de visitantes. O Monumento icónico do Norte de Portugal é um ex-libris da cidade do Porto e é da autoria do arquitecto Nicolau Nasoni.
Esta ocasião contou com presença do Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda. “Entraram na igreja, acederam ao museu, subiram ao topo do mais ilustre miradouro da cidade do Porto, sobre o seu casario, as margens do Douro, Gaia e a foz ao alcance da vista”, descreve o comunicado enviado às redações.
Ao todo, desde as obras de reabilitação em 2014, são já 7 milhões de visitantes, responsáveis por tornar os Clérigos num dos principais pontos de turismo da cidade.
Numa visita guiada pelo presidente da Irmandade dos Clérigos, padre Manuel Fernandes, o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, foi agraciado como o visitante sete milhões desta ilustre estrutura barroca portuguesa, obra do século XVII.
“Findo o período pandémico, o regresso do turismo em pleno no último ano fez regressar as grandes enchentes aos Clérigos. Ao longo de 2022, recebemos 1,2 milhões de visitantes na igreja, no museu e na torre sineira. A cerimónia de hoje, com a presença do Governo português, é um momento simbólico da relevância ímpar deste monumento na cidade do Porto”, diz o presidente da Irmandade dos Clérigos.
Na ocasião, Nuno Fazenda destacou que o Complexo dos Clérigos é “um monumento dos mais visitados do país e que dá vários contributos à cidade e à região, identificando a geração de riqueza e emprego e também a sustentabilidade. Este projeto tem uma gestão sustentável dos fluxos turísticos, gera responsabilidade social, porque devolve as suas receitas para a comunidade, para projetos de solidariedade social”, afirmou o governante.
De acordo com o presidente da Irmandade dos Clérigos, a instituição entregou à sociedade, só no ano passado, cerca de 400 mil euros em apoios sociais. Em 2019, ano anterior à pandemia, a verba superou os 690 mil euros, perfazendo mais de um milhão de euros só nestes dois anos.
Tal como apontou o secretário de Estado do Turismo, o Complexo dos Clérigos é também “um projeto educativo, desde logo pelo serviço às comunidades mais jovens e às escolas”.
Na paleta de valores protegidos pela Irmandade dos Clérigos, gestora do monumento desenhado por Nicolau Nasoni, estão ainda a história, preservação do património, sustentabilidade (de que é exemplo a exposição SINTOMA, com obras criadas a partir de lixo) e a inclusão. Neste campo, a Torre dos Clérigos está preparada para receber cadeiras de rodas, tendo 86% do total do espaço visitável. Praticamente no topo foi montada uma sala com ecrãs a transmitirem em tempo real a vista panorâmica que a torre propicia, permitindo partilhar a perspetiva com os visitantes com mobilidade reduzida.
Após uma sucessão de recordes de visitantes desde o ano 2015, culminando num crescimento homólogo de 250% de 2021 para o ano transato. Entre as principais nacionalidades que integram o grupo de visitantes dos clérigos, Espanha e França permanecem como líderes, com os EUA a acentuarem a sua posição de fecho do pódio, num balanço em que os visitantes internacionais correspondem a mais de dois terços da quota.

