Existe um crescente interesse em torno do turismo regenerativo, revela uma pesquisa recente realizada pela Skift. Esta abordagem procura maximizar os impactos positivos do turismo nos destinos, comunidades e ambiente, em vez de apenas minimizar os danos causados. No entanto, a pesquisa também destaca os significativos desafios enfrentados por esta prática, nomeadamente “a falta de credibilidade”.
A pesquisa indica que há desenvolvimentos reais em curso, “embora ainda seja cedo para que destinos e empresas mais experientes possam implementar abordagens inovadoras para viagens ecológicas sob a bandeira regenerativa”.
Apesar do entusiasmo gerado nos últimos anos, o turismo regenerativo também enfrenta um grau considerável de ceticismo, especialmente devido às preocupações sobre possíveis práticas de “greenwashing”, como aponta a pesquisa. De acordo com Darrell Wade, fundador da Intrepid Travel, “o turismo regenerativo tende a concentrar-se no pequeno e positivo em vez do grande e negativo”.
Um dos principais desafios identificados é a “falta de credibilidade, tanto entre os consumidores quanto entre os especialistas da indústria do turismo.” Segundo a pesquisa, enquanto o turismo sustentável tem métricas padronizadas, o turismo regenerativo carece de um conjunto claro de medidas e uma metodologia uniforme de implementação. De acordo com a Skist, “isto torna difícil para os consumidores discernir entre práticas genuinamente regenerativas e estratégias de marketing”.
“Ao contrário do turismo sustentável, que foi codificado em métricas padronizadas por entidades como o Conselho Global de Turismo Sustentável e a Earthcheck, não existe um conjunto de métricas acordado para o turismo regenerativo, e a sua implementação tem sido até agora fragmentada e altamente específica para cada local”, salienta a pesquisa da Skift.
Apesar das críticas e desafios, há motivos para otimismo. O estudo da Skift destaca o surgimento de desenvolvimentos tangíveis nesta área e sugere que ainda é um momento inicial para que destinos e empresas possam explorar abordagens inovadoras para viagens ecológicas sob o princípio regenerativo. Adicionalmente, estão a ser exploradas soluções para os desafios enfrentados, com esforços em curso para proteger o turismo regenerativo de práticas enganosas e maximizar os seus impactos positivos.
Em última análise, a pesquisa da Skift destaca que o sucesso do turismo regenerativo dependerá da capacidade de evitar armadilhas como o “greenwashing” e de encontrar maneiras de traduzir os seus princípios em ações práticas e mensuráveis.