Um estudo da Arival revelou as mudanças nas prioridades das viagens pela Europa, com as experiências imersivas a ganharem destaque na seleção dos destinos.
Apesar dos ventos contrários da economia, os viajantes europeus estão cada vez mais a valorizar experiências “únicas e envolventes”. Esta é a conclusão do mais recente relatório da Arival que analisa os comportamentos, preferências e intenções específicas dos viajantes europeus.
O “2025 European Traveler Outlook” baseia-se num inquérito online que contou com o testemunho de 1.600 viajantes europeus provenientes de França, Alemanha, Espanha e Reino Unido, realizado no outono de 2024.
Principais tendências das viagens europeias
O apelo das atividades e experiências é agora um “fator dominante” na seleção do destino, sendo valorizado frequentemente acima da acessibilidade, alojamento ou facilidade de acesso. Segundo o estudo, 57% dos viajantes indicam que as experiências desempenham um papel significativo na escolha do local.
A Arival analisou também as tendências nos comportamentos específicos de cada país. No que diz respeito à frequência e duração das viagens, a maioria dos inquiridos realizou três ou menos viagens em 2024, com uma duração média de uma semana. Os alemães e os franceses são mais propensos a viajar com frequência e fazem as viagens mais longas, enquanto os espanhóis viajavam com menos regularidade e durações mais curtas.
Quanto aos hábitos de consumo, os viajantes do Reino Unido apresentam os maiores gastos médios em viagens, motivados por fatores como a maior incidência de viagens aéreas, apesar de fazerem viagens mais curtas. Em contraste, os espanhóis são os mais preocupados com o orçamento, com os gastos médios por viagem mais baixos.
As preferências geracionais foram também objeto de análise, sendo que os locais culturais, passeios e museus mantêm um “amplo interesse” entre todas as faixas etárias. De acordo com o relatório, os viajantes mais jovens (18 a 34 anos) estão a demonstrar uma “forte preferência” por “experiências imersivas e interativas”, incluindo atividades de bem-estar, festivais e viagens de aventura. Já os mais velhos (55+) continuam a dar prioridade a “experiências culturalmente enriquecedoras”.
O estudo revelou uma “tendência notável” no planeamento antecipado de experiências, com dois em cada três viajantes entre os 18 e os 54 anos a preferirem reservar as atividades com antecedência. A Arival considera que “isto realça a importância crescente das experiências na fase de planeamento pré-viagem”.
A Arival prevê ainda que os europeus vão realizar menos viagens este ano em comparação com 2024, uma vez que “o ambiente macroeconómico volátil está a influenciar os padrões de viagem”. No entanto, os viajantes mais jovens, os viajantes ricos e os viajantes espanhóis são exceções a esta tendência.