Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente do grupo Vila Galé, afirmou no passado sábado, dia 22, que o novo Vila Galé Collection Figueira da Foz “é um negócio arriscado, porque a região não é um destino consolidado”, referindo ainda que “o litoral precisa que o interior se desenvolva para aliviar um pouco a carga turística, o país não é só Lisboa e Porto”. Jorge Rebelo de Almeida falava aos jornalistas durante a inauguração oficial do Vila Galé Collection Figueira da Foz, a 32º unidade do grupo no país.
Com este hotel, o responsável afirmou que, além de estarem a alargar o portfólio do grupo no país, estão a atingir um “objetivo fundamental”, que é “melhorar a oferta hoteleira existente”.
“Não é só abrir hotéis, é criar destinos, o destino é que é importante”, começou por dizer o fundador do grupo hoteleiro, assegurando que, se uma região tiver hotéis que passam uma má imagem, o cliente “quando for embora não vai gostar do hotel, nem do destino”.
Além disso, defendeu que hoje a atividade turística para ser consistente “precisa de ser trabalhada o ano todo e não só nos meses de julho e agosto”.
Na ocasião, Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé, identificou as principais caraterísticas que levaram o grupo a escolher a Figueira da Foz como novo destino. “Estamos a tentar alargar a presença da marca Vila Galé em várias zonas do território, e identificámos a Figueira da Foz como sendo uma das regiões mais típicas de turismo. Além disso, quando olhamos para o resultado histórico de dormidas em 2023, a região encontra-se nos 30 concelhos com mais dormidas. Outras vantagens são a sua centralidade e a vivência da própria cidade, tem praia, história, património e gastronomia, é um destino muito completo”, sublinhou.
Por sua vez, coube a Pedro Ribeiro, diretor de Marketing e Vendas do grupo Vila Galé, falar um pouco dos principais mercados para o novo hotel. Segundo o responsável, o primeiro mercado de aposta será o nacional, seguido do espanhol, que é um mercado “com muita tradição” na Figueira da Foz. “Temos também em vista o segmento de circuitos culturais, que englobam os mercados francês, espanhol e italiano. Por último, estamos a apostar no mercado brasileiro, que está em ascensão, e no mercado americano”, destacou.
Questionado de como tem corrido os dois meses de operação desde a abertura do hotel a 15 de abril, Carlos Alves, diretor regional de operações do grupo, afirmou que “estamos a recuperar aos poucos a notoriedade que o hotel já teve e que nós esperamos que volte a ter”. Em termos de ocupação, o hotel “está bastante aquém” daquilo que pode atingir. Contudo, o feedback é “extremamente positivo”. “Quando decidimos vir para este hotel, o mesmo tinha uma classificação de 4.3 na Booking e, em dois meses de operação, aumentamos esta classificação para 8.2”, acrescentou.
Durante a inauguração, Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo, manifestou a sua satisfação com este novo hotel. “Num país onde o turismo representa mais de 16% do PIB, que gere mais de 23 mil milhões de euros em receitas e que tem hoje mais de 30 milhões de hóspedes estrangeiros e mais de 70 milhões de dormidas, gostaríamos muito que as outras atividades pudessem seguir também o ritmo de crescimento que o turismo está a ter. Gostaria muito de agradecer à Vila Galé por recuperar e revitalizar património histórico em lugares pouco prováveis no país”.
O outrora Grande Hotel da Figueira, dá agora lugar ao Vila Galé Collection Figueira da Foz, que conta com 102 quartos, uma piscina exterior, um lounge e uma área de spa completa, com sauna, banho turco, duche Vichy, salas de massagens e um ginásio.