A Associação Nacional de Agências de Viagens (ANAV) considera positivo o programa “Acelerar a Economia” apresentado pelo Governo, reconhecendo o esforço e as medidas importantes para o desenvolvimento do setor do Turismo. Contudo, alerta para a existência de várias lacunas nas medidas que visam o apoio às Micro e PME’s.
O programa “Acelerar a Economia – Crescimento, Competitividade, Internacionalização, Inovação e Sustentabilidade” inclui iniciativas cruciais para o crescimento do setor do Turismo, mas a ANAV destaca várias lacunas nas medidas de apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), que constituem a grande maioria das agências de viagens em Portugal. As principais preocupações referem-se ao acesso de fundos comunitários e a questões de fiscalidade, que afetam significativamente a tesouraria das empresas mais pequenas.
Miguel Quintas, presidente da ANAV, afirma que, embora o programa seja positivo, é necessário avançar nas medidas de apoio às PME. “É preciso ir um pouco mais longe nas medidas que visam o apoio às Micro e PME, que representam 99,9% do tecido empresarial na distribuição turística. Em particular, gostaríamos de ver maior facilidade e simplicidade no acesso aos fundos comunitários, que parecem estar, na sua maioria, direcionados para as grandes organizações, preterindo os pequenos negócios e pequenos empresários, os quais se debatem com grandes barreiras de acesso, nomeadamente em função da dimensão do investimento obrigatório e da complexidade burocrática das candidaturas”.