Um grupo de investidores pretende relançar a icónica companhia aérea Monarch, que, até ao seu desaparecimento em outubro de 2017, era um importante player no mercado britânico de viagens de lazer, operando uma frota de 35 aeronaves.
Em entrevista à revista de aviação norte-americana Airways, publicada no domingo (20 de agosto), Daniel Ellingham, presidente do conselho de administração da Monarch, disse que a companhia aérea está a preparar o relançamento depois de garantir fundos de investidores europeus e americanos.
Ainda não foram divulgados mais detalhes sobre os novos proprietários, mas Monarch Airlines Limited e a Monarch Holidays Limited foram constituídas em 18 de janeiro deste ano, segundo a Companies House, com escritório em Luton.
Ellingham disse que a Monarch procuraria preencher lacunas no mercado criadas pela pandemia de Covid-19, algumas das quais, segundo ele, se sobrepunham aos principais mercados da Monarch durante a sua anterior operação. “Há uma oportunidade para recém-chegados como nós avançarem e atenderem à procura”.
Quando faliu, a Monarch estava baseada em Luton e operava outras quatro bases no Reino Unido – Birmingham, Gatwick, Leeds Bradford e Manchester. De acordo com a Airways, a “nova” Monarch ainda não solicitou um certificado de operador aéreo da CAA, ou entrou em conversações com os aeroportos. No antanto já está ativo um site de uma página com informações de contato, bem como as redes sociais
A “nova” Monarch poderá operar uma frota de cerca de 15 aeronaves da família Airbus A320, de acordo com informações publicadas pela Airways Magazine.
No novo site letmonarch.co.uk pode ler-se: “Estamos a trabalhar arduamente para construir uma nova Monarch, só para si”. Também foram criadas contas nas redes sociais X (antigo Twitter) e Instagram.
Por sua vez, no Twitter/X, a Monarch afirma: “A Monarch Airlines Limited e a Monarch Holidays Limited foram ontem [quinta-feira, 18 de agosto] transferidas para uma nova propriedade após a saída do fundador das empresas e do acionista maioritário anterior. Mais informações serão divulgadas em breve.”
Quando o Monarch faliu em outubro de 2017, deixou 110 mil passageiros retidos no exterior. Outros 750.000 tiveram reservas antecipadas. A Monarch original começou como uma companhia aérea charter e mais tarde ramificou-se para serviços regulares, ligando principalmente o Reino Unido a destinos de lazer no Sul da Europa e no Mediterrâneo.
A “nova” Monarch poderá operar uma frota de cerca de 15 aeronaves da família Airbus A320, de acordo com a Airways.