Até ao momento, já aderiram 5378 migrantes ao “Programa de Formação e Integração de Migrantes e Beneficiários de Proteção Internacional no Setor do Turismo”, uma das medidas do programa governamental “Acelerar a Economia”.
As 329 empresas que aderiram a este programa disponibilizam 1299 vagas para estágios. Em consequência disso, o programa vai formar e integrar 1299 migrantes e não mil, como estava inicialmente previsto.
Esta fase de candidaturas ficou marcada pela diversidade de nacionalidades dos candidatos, ao todo 75 origens diferentes. Os países mais representados são o Brasil, seguido de Angola, Índia, Nepal, Paquistão e Bangladesh. Registaram-se ainda inscrições de países como Peru, Colômbia e Argentina.
Relativamente à distribuição geográfica, Lisboa foi o distrito com maior número de candidatos, 1821, seguida do Porto com 931 e Setúbal com 567. Mais de metade dos candidatos tem o equivalente ao ensino secundário. 59% dos candidatos é do género feminino e 41% do masculino.
Programa aumenta para preencher todas as vagas de estágios disponíveis
Relativamente às empresas, a adesão também superou as expetativas, com 329 empresas a disponibilizarem 1299 vagas, o que levou à decisão de aumentar o programa, para poder preencher todas as vagas de estágio disponíveis. As áreas mais representadas são a hotelaria, restaurante/bar, padaria e pastelaria, restauração, alojamento local, turismo em espaço rural e turismo de habitação, catering e animação turística.
Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, sublinha que “o Programa Integrar para o Turismo é uma das iniciativas que, ao reforçar a qualificação da mão de obra e, simultaneamente promover a inclusão social, vem contribuir não só para o fortalecimento da competitividade e resiliência das empresas do sector, mas também torna Portugal num destino ainda mais sustentável, inovador e atrativo.”
Por sua vez, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, destaca que “a adesão significativa ao Programa Integrar para o Turismo de migrantes e empresas significa que este é um programa que responde às necessidades reais sentidas no país. Por outro lado, também simboliza a força do compromisso do Turismo de Portugal em apostar na qualificação dos profissionais e em tornar o turismo um bom exemplo de integração.”
Salienta ainda que “num período marcado por desafios demográficos e de recursos humanos em diversas áreas de atividade, esta iniciativa reforça a importância do turismo como um motor de inclusão e desenvolvimento económico, beneficiando tanto os trabalhadores como as empresas que os acolhem.”
A primeira fase do Programa focou-se na mobilização de migrantes e empresas, garantindo uma base sólida para as próximas etapas. Com a formação prestes a iniciar-se, espera-se que a integração dos profissionais ocorra de forma estruturada e eficaz, consolidando o turismo como um setor atrativo e sustentável para quem procura novas oportunidades em Portugal.
Formação na Rede de Escolas do Turismo de Portugal entre 17 de fevereiro e final de maio
Após a seleção dos mil migrantes que vão integrar o programa serão constituídos 40 grupos de formação com 25 migrantes cada um. Esta fase vai decorrer em toda a Rede de Escolas do Turismo de Portugal e eventualmente em cidades onde, não havendo escola do Turismo de Portugal, seja possível fechar parcerias para o efeito.
Estágios nas empresas começam a 1 de junho
Depois da formação, a colocação dos primeiros migrantes nas empresas vai começar a 1 de junho, sendo que até final de outubro todos os estágios terão de se ter iniciado.
É de sublinhar a diversidade de empresas por setor, uma vez que se candidataram a este programa desde grandes grupos, que submeteram muitas vagas para diferentes funções na organização, até microempresas. Um dado que demonstra bem que todos beneficiam da medida independente da dimensão.