A completar três anos de operação, o YOTEL Porto perspetiva terminar o primeiro semestre do ano com um índice de rentabilidade 5-7% superior ao de 2023. Este aumento é justificado graças ao aumento da taxa de ocupação de aproximadamente 4% e um crescimento de receitas de Food & Beverage (F&B) de cerca de 21%. Em entrevista ao TNews, Manuel Machado Carneiro, General Manager do YOTEL Porto, avalia estes três anos como um “sucesso” para a marca, explicando que, através da experiência única proporcionada aos hóspedes, “conseguem fidelizar o cliente à marca YOTEL e incrementar de forma exponencial a visibilidade e reconhecimento da mesma em Portugal”. O responsável partilhou ainda o percurso destes três anos de operação do hotel, os principais investimentos e o perfil dos hóspedes.
Como avaliam estes três anos de operação do YOTEL Porto?
São três anos repletos de novas ideias, novas implementações, novos projetos e sucessos. Através da experiência única proporcionada aos nossos hóspedes, conseguimos fidelizar o nosso cliente à marca YOTEL e incrementar de forma exponencial a visibilidade e reconhecimento da mesma em Portugal. Além disso, não podemos esquecer que agora temos a United Hospitality Management (UHM), empresa de gestão hoteleira apoiada pela empresa de investimento United Investments Portugal (UIP), que está apostada em expandir-se na Europa, e isso faz com que olhemos para o Yotel não só pelo que já conseguiu nestes três anos, mas pelo que pode ainda fazer, investir e crescer. Os próximos anos serão certamente de muitas novidades em todo o grupo.
Como está a correr a operação deste primeiro semestre?
Perspetivamos terminar o primeiro semestre do ano com um índice de rentabilidade 5-7% superior ao de 2023, devido a um aumento de taxa de ocupação de cerca de 4% e um crescimento de receitas de F&B de cerca de 21%.
“Dentro do padrão que nos distingue como marca e produto, procuramos fazer uma análise das necessidades de cada cliente, mediante a sua nacionalidade, faixa etária e perfil”
Como tem sido a experiência do Yotel no Porto em atrair clientes de diferentes nacionalidades, especialmente dos mercados da Espanha, França, Portugal, Itália e EUA?
Esse é o nosso desafio diário, procurar metodologias de trabalho e desenvolvimento de ofertas que proporcionem a cada cliente uma experiência única. Dentro do padrão que nos distingue como marca e produto, procuramos fazer uma análise das necessidades de cada cliente, mediante a sua nacionalidade, faixa etária e perfil, de forma a enquadrar a nossa oferta e garantir que satisfazemos as necessidades dos nossos clientes.
Pode falar um pouco sobre os diferentes perfis de clientes que o Yotel tem recebido? Como é que o hotel consegue atender a uma variedade tão diversificada de clientes?
A evolução e crescimento internacional da marca fez com que fosse necessário adaptarmos a nossa metodologia de trabalho, de forma a abranger todo o tipo de clientes e não apenas um segmento. Hoje, o YOTEL Porto é uma unidade que recebe clientes de todas as faixas etárias, nacionalidades, géneros e isso é apenas possível com uma equipa dinâmica e multidisciplinar. No fundo, a própria marca fez um trajeto de crescimento onde a vertente tecnológica continua a existir, mas não é o único pilar da mesma.
“No YOTEL Porto procuramos proporcionar experiências relacionadas com a comunidade da cidade e dar a conhecer através dos nossos eventos e outlets um pouco mais sobre o que é ser portuense”
Como o hotel se tem adaptado ao aumento significativo do mercado americano no último ano?
Penso que, de uma forma geral, o que os hóspedes mais procuram é vivenciar a vida local. No YOTEL Porto procuramos proporcionar experiências relacionadas com a comunidade da cidade e dar a conhecer através dos nossos eventos e outlets um pouco mais sobre o que é ser portuense. Sentimos que os clientes americanos valorizam muito essa experiência e que o facto de sermos um hotel tecnológico e com grande preocupação a nível da sustentabilidade faz com que sejamos uma escolha apetecível para este mercado.
Notaram alguma mudança significativa na faixa etária dos clientes nos últimos anos? Como é que o hotel tem se adaptado a essas mudanças?
Sentimos que, após o 1º ano de operação, a amostragem de hóspedes que começamos a ter era muito ampla e desde então essa tendência mantém-se. Diria que a aposta que fazemos na programação diária de eventos relacionados com artes, saúde e bem-estar, cultura e lifestyle fez com que novos segmentos de mercado fossem atraídos pelo nosso produto. A aposta na diversificação de espaços de restauração acabou por ter também um papel importante nessa mudança.
Quais foram os principais investimentos feitos recentemente pelo YOTEL Porto e como essas melhorias têm impactado a experiência dos hóspedes?
Fizemos investimentos relacionados com áreas que não estavam bem aproveitadas, o que levou a um aumento de espaços comuns do hotel e a uma diversificação da oferta. Criámos um terraço junto ao nosso restaurante que nos permitiu aumentar a capacidade em 30 lugares. Este espaço multifacetado permite também que seja utilizado como sala de reuniões para empresas. Através de uma parceria, inaugurámos, este ano, o nosso Nine rooftop, que era então um espaço dedicado a eventos e que opera neste momento todos os dias oferecendo aos nossos hóspedes e visitantes uma maior variedade de escolha gastronómica e uma experiência diferente da existente até ao momento. Fizemos outros pequenos investimentos ao nível dos quartos de forma a proporcionar aos nossos clientes uma melhor experiência e conforto.
O que os hóspedes podem esperar do novo restaurante previsto para abrir no final do ano?
Será um investimento que tem por base uma oferta diferenciada do que existe no centro do Porto. Vamos converter o nosso restaurante num espaço mais acolhedor e uma carta com uma nova identidade.
O Yotel tem uma variedade de atividades planeadas para os hóspedes. Pode contar-nos mais sobre essas iniciativas, como aulas de dança, capoeira, yoga, pilates, workshops de cozinha e bar, entre outros?
Todas estas atividades estão à disposição de hóspedes e outros clientes. Uma grande parte dos turistas visitam o Porto pela cultura e gastronomia. No fundo, o que procuramos é providenciar, através destes eventos, a experiência que os nossos hóspedes procuram através de parcerias com entidades locais – temos apresentações de arte, fotografia, moda, workshops, entre outros, com o intuito de conectar a essência da cidade e dos portuenses com os hóspedes que nos visitam.
O Yotel tem uma forte colaboração com entidades e parceiros locais. Pode partilhar algumas das parcerias e ações que já foram realizadas e as que estão previstas para o futuro?
Fizemos colaborações com festivais e eventos como o Queer, Red Bull BC Cypher Portugal, Radio Nova Era. Temos neste momento um protocolo de cooperação com a Mapadi (Movimento de Apoio de Pais e Amigos ao Diminuído Intelectual), cuja finalidade é dar apoio a crianças e jovens com deficiência intelectual, na qual fornecemos a oportunidade de vivenciarem uma experiência em contexto de trabalho. Colaboramos periodicamente com a Legião da Boa Vontade e temos uma parceria com a Make a Wish, onde colaboramos no planeamento e realização dos desejos de crianças em fase terminal.